31/07/11

Fórmula 1, GP Hungria: Jenson Button vence corrida animada

Jenson Button venceu pela 2ª vez em 2011 (no seu Grande Prémio nº 200), numa corrida emocionante com mudanças de condições meteorológicas, no Hungaroring. A McLaren poderia ter feito a "dobradinha", com Lewis Hamilton a ter liderado a maior parte da prova, mas um erro na estratégia de pneus e uma penalização arruinaram a corrida do campeão de 2008.

O líder do Mundial, Sebastian Vettel, foi o segundo, à frente do Ferrari de Fernando Alonso e de Hamilton, que conseguiu assim recuperar até quarto.

A McLaren ganhou vantagem nos primeiros momentos da prova, quando a pista estava húmida e todos usavam pneus intermédios. Hamilton atacou Vettel nas primeiras voltas, com ambos a entrarem numa disputa que mais parecia de karting. O piloto britânico ascendeu à liderança na quinta volta, quando Vettel saiu largo na Curva 2. Daí em diante, Hamilton isolou-se na frente, conseguindo rapidamente uma vantagem de quatro segundos para o líder do campeonato, que, pelo menos, mantinha-se na frente de Button por esta altura.

Entre as voltas 10 e 13, os líderes da corrida decidiram mudar para pneus lisos, e parando uma volta mais cedo do que Vettel, Button saiu com vantagem, fazendo o melhor que podia dos seus pneus mais quentes e da sua grande confiança, para ascender a segundo na Curva 2.

Mark Webber conseguiu passar para a frente de Alonso de maneira semelhante, e ao mesmo tempo. O Ferrari do espanhol perdeu terreno na primeira curva da primeira volta e mais tarde subiu na classificação, apesar de duas pequenas incursões por fora da pista.

A relativamente sossegada fase intermédia da corrida viu Hamilton a manter uma vantagem confortável para Button, que tinha uma vantagem semelhante, de cerca de 5 segundos, sobre Vettel, enquanto Webber tinha Alonso 10 segundos atrás de si.

Alonso decidiu parar pela terceira vez relativamente cedo, para mudar para pneus super-macios, enquanto todos os outros líderes, excepto Hamilton, mudaram para pneus macios nesta altura.

O grande ritmo nos Pirelli frescos permitiu a Alonso saltar para a frente dos dois Red Bull nas voltas rápidas antes destes pararem, mas quando os pneus do carro de Alonso começaram a desgastar-se, o espanhol perdeu o terceiro posto para Vettel novamente.

Hamilton optou pela mesma estratégia de Alonso, o que o deixou bastante vulnerável a Button, parecendo não ter vantagem suficiente para parar novamente de modo a trocar para macios. Mas se a chuva voltasse, estas diferenças estratégicas seriam irrelevantes.

À volta 47 caíram uns breves aguaceiros, e Hamilton fez um pião na chicana. O britânico tentou voltar à pista o mais rapidamente possível, mas não impediu que Button passasse para a sua frente para passar à liderança. Neste incidente, Hamilton forçou ainda Paul di Resta a passar por fora de pista, o que iria motivar uma penalização a Hamilton.

Com a chuva a aumentar, Button escorregou na Curva 2 quatro voltas mais tarde, permitindo a Hamilton retomar a liderança. Button retaliou na volta seguinte e recuperou momentaneamente o primeiro posto, na recta da meta, apenas para sair largo novamente na Curva 2 e trocar de novo a liderança com o seu colega de equipa.

Contudo, logo a seguir a ganhar novamente a liderança, Hamilton parou novamente, para mudar para pneus intermédios. Tornou-se rapidamente claro que Hamilton tinha feito uma má opção, com a chuva a parar pouco depois, e o britânico teve que parar mais uma vez, para mudar para pneus lisos. E pouco depois, Hamilton teve que cumprir uma penalização de travessia da via das boxes, por quase ter colhido di Resta no seu pião voltas antes, ficando em sexto, atrás de Felipe Massa e de Mark Webber.

Button teve, por breves instantes, a pressão de Vettel, mas teve ritmo suficiente para se isolar novamente, alcançando a segunda vitória do ano.

Com Webber a ter também trocado para pneus intermédios sem necessidade, Alonso recuperou o terceiro posto, que manteve até final apesar de um pequeno pião perto do final.

Hamilton conseguiu ascender até quarto novamente, ficando à frente de Webber e de Massa, que recuperou de um pião inicial para ser sexto no outro Ferrari.

Kamui Kobayashi tentou fazer apenas duas paragens ao longo da prova e manteve o sétimo lugar até perto do final, com vários carros a perseguirem o piloto nipónico da Sauber. A estratégia de Kobayashi acabou por não resultar, com o japonês a ser ultrapassado por di Resta e por Sébastien Buemi, que fez uma grande corrida após ter partido de 23º com o Toro Rosso.

A Mercedes só conseguiu um longínquo nono posto, com Nico Rosberg a ter também parado para montar pneus intermédios perto do final. Michael Schumacher, por seu turno, teve um problema com a caixa de velocidades, depois de dar um pião ao tentar defender-se de Massa nas voltas iniciais. Jaime Alguersuari conseguiu o décimo lugar com o outro Toro Rosso, lutando pela posição com Kobayashi perto do final.

Adrian Sutil e Sergio Perez viram os seus grandes resultados na qualificação a serem desperdiçados, num incidente na primeira volta que atrasou ambos.

Um dos mais espectaculares incidentes desta corrida preenchida, envolveu Nick Heidfeld, cujo Renault pegou fogo à saída das boxes após uma longa paragem, tendo inclusive ocorrido uma pequena explosão na parte lateral esquerda quando os comissários tentavam apagar as chamas.

Resultados:


Campeonatos de Pilotos e de Construtores após 11 provas:


Sem comentários:

Enviar um comentário