23/08/09

Entrevista a Karline Stala


Olá! Hoje a entrevista é a Karline Stala, uma jovem piloto letã. Em 2003, Karline Stala competiu na Toyota Yaris Cup Báltico sendo 12ª; em 2005, ela competiu na Legends Trophy Finland, sendo 9ª classificada. O ponto alto da carreira de Karline Stala foi em 2006t, quando foi campeã da Fórmula Renault 1.6 Bélgica, com 2 vitórias, 10 pódios e 2 voltas mais rápidas, em 12 corridas. Em 2008, a Karline Stala competiu em 2 corridas da Fórmula 3 Finlândia e em 13 corridas da ATS Formel 3 Cup.

Eis a entrevista:

1) – Como começou a  sua paixão pelas corridas de carros?
Desde muito pequena eu estive ligada às corridas, apoiando o meu pai, que foi um piloto de corridas, mas a paixão real começou um pouco mais tarde. O meu pai comprou um gokart para se divertir e eu experimentei-o. Depois de alguns testes eu estava já apaixonada para competir em corridas. Isto foi no ano de 2000.

2) – Na sua opinião, qual foi o melhor momento na sua carreira? Porquê?
O melhor momento da minha carreira foi quando eu me apercebi que tinha sido campeã no campeonato de Fórmula Renault 1.6 Bélgica. Eu fiquei muito emocionada porque eu não sabia até à última corrida quem iria ser o campeão. Eu estava somente a alguns pontos do líder do campeonato.

3) – Na sua opinião, qual foi o pior momento na sua carreira? Porquê?
Houveram alguns momentos na minha carreira que não foram bons mas eu tento não os recordar nas minhas memórias. Por agora a situação da minha carreira não é boa porque a falta de apoio e dinheiro, mas eu estou muito esperançada que tudo se irá estabelecer, mesmo que não vá correr por agora.

4) – Qual foi o piloto (ou pilotos) que gostou mais de enfrentar nas pistas?
É o Craig Dolby da Inglaterra. Foi o meu treinador de piloto, mesmo um grande piloto e um amigo muito bom.

5) – Na sua carreira tem tido dificuldades em encontrar apoios (patrocinadores, etc.)? Como é ser piloto nas suas condições, uma mulher num “mundo de homens” e num país como o seu, com pouca visibilidade no desporto motorizado internacional?
É muito difícil angariar apoio de patrocinadores. A falta de grandes empresas e de apoios potenciais no meu país são a razão pela qual isto é ainda pior. Mas o meu país tem varies fãs de corridas que estão a apoiar os meus esforços

6) – Quais as expectativas que tem para o seu futuro? Qual é o objectivo principal da sua carreira? A Fórmula 1 é/foi o maior objectivo?
Eu penso que a Fórmula 1 é o maior alvo para todos os pilotos de corridas e eu não sou excepção.
As minhas expectativas para agora são correr onde nunca seria possível apesar dos tempos difíceis do meu país – Letónia – e também da situação económica e financeira global.

7) – Pode deixar uma mensagem aos seus fãs?
Obrigado pelo apoio e eu farei o que puder para avançar mais na minha carreira nas corridas.

E foi a entrevista a Karline Stala!

Se quiser, pode ler a entrevista na sua versão original, em inglês, aqui:

Para a semana a entrevista será a Markus Niemela, um jovem piloto finlandês, que já ganhou o Campeonato Champ Car Atlantic, em 2008.

16/08/09

Entrevista a Pedro Moreira dos Santos


Olá! Hoje a entrevista é a Pedro Moreira dos Santos, empresário do piloto português Álvaro Parente.

Eis a entrevista:

1) – Para começar, como surgiu a gestão da carreira do Álvaro Parente na sua carreira?
Foi um bocado por acaso. Estava em Nurbürgring a acompanhar os Petiz e vejo a corrida do Álvaro na WS by Renault que acabou em 3º e em 5º. Era fácil perceber que estava ali um grande talento. Como depois me disseram que o Álvaro não tinha qualquer ajuda de ninguém e estava a correr convidado, achamos todos que devíamos ajudá-lo no sentido de dota-lo dos meios de poder prosseguir com a carreira.

2) – Como é gerir a carreira de um piloto de nível internacional? Quais as maiores facilidades e dificuldades?
Nós gerimos carreiras de desportistas mas grande maioria do futebol. Um piloto é basicamente o oposto pois este necessita de arranjar meios para poder correr e por isso é obrigatório todo um trabalho de comunicação e abordagem das marcas no sentido de conseguir alcançar o máximo de benefício para todos. Foi difícil ao início entrar neste meio pois basicamente não conhecíamos ninguém no meio. Felizmente que este mundo é pequeno e muitos dos conhecimentos do futebol acabaram por ser benéficos no contacto com equipas e marcas.
Por outro lado, trabalhar com o Álvaro é um prazer. Tem uma personalidade fantástica e é bastante divertido. Considero-me mais um amigo que um “manager”. A grande dificuldade é gerir a sensação de injustiça que o Álvaro por vezes sente quando pessoas com grande responsabilidade lhe dizem o grande talento que possui mas que isso por si só não chega para estar já na F1.
Foi também desapontante ver algumas pessoas a tentarem criar dificuldades à progressão da carreira do Álvaro mas felizmente não conseguiram prevalecer.

3) – Em relação ao Álvaro Parente, têm surgido novos patrocinadores e novos contactos ou esta época mais discreta, e em crise económica, está a afastá-los?
Foi bem mais difícil este ano, apesar de no final da época passada acreditar o contrário. Infelizmente esta crise apareceu na pior altura e alterou completamente o cenário o que nos obrigou a ter de, novamente, ficar até ao final do prazo para conseguir fechar com uma equipa. Este ano temos o orgulho de ter como novos patrocinadores a TMN e Aurora Group.

4) – Há contactos com equipas de Fórmula 1 para um lugar como piloto titular em 2010? Se sim, pode precisar com quantas e/ou com quais equipas?
Há contactos, alguns muito avançados. Não sabemos ainda quais os lugares vagos em 2010 pelo que vamos mantendo conversações com diversas equipas.

5) – O que tem corrido mal ao Álvaro Parente esta época para os resultados menos bons? A juventude da equipa tem alguma influência?
Esta época temos tido bastante azar. Pequenos azares de corrida acabaram por ter resultados catastróficos logo na corrida de sábado o que acaba por condicionar todo o fim-de-semana. No entanto, o Álvaro tem estado sempre muito rápido e competitivo. A equipa é nova e obviamente não está ainda a 100%. No entanto o trabalho que vem sendo desenvolvido é excelente e não tenho duvidas que vamos acabar o campeonato no Top 5 e que no futuro a Ocean será uma das equipas mais procuradas no paddock. O José Guedes e Tiago Monteiro desde cedo que procuraram ter o Álvaro e o Chandok na equipa, sendo por isso uma das melhores duplas do campeonato.

6) – Como é que o Álvaro Parente tem reagido a esta onda de azar e/ou problemas que o têm vindo a assolar desde 2008?
Ao princípio algo desesperado mas sempre tivemos a certeza que se mantivesse o ritmo que evidenciava e a dar sempre 100% que os resultados acabariam por aparecer.

7) – Para concluir, pode deixar uma mensagem aos fãs do Álvaro Parente?
Só posso agradecer. Creio que os apoiantes do Álvaro são claramente os mais aficionados e mais dedicados. Basta ler os fóruns e facilmente se percebe o carinho que o Álvaro desperta. A Stilo, marca italiana de capacetes apoia o Álvaro Parente pois o seu dono, ao ver uma corrida de GP2 disse: “quero aquele que conduz como o Gilles Villeneuve”. Eu também disse isso e creio que é o mesmo sentimento que provoca aos fãs: é claramente o piloto mais espectacular em pista, de uma garra tremenda, independentemente do lugar que ocupe em pista. Deixamos de ter pressa em ter um site porque os fãs criaram um dos melhores blogs de um desportista que conheço. Têm sido incasáveis e de um envolvimento inacreditável. Espero que o futuro do Álvaro os venha a compensar.

E foi a entrevista a Pedro Moreira Santos.

Para a semana, a entrevista será a -Karline Stala, uma piloto da Letónia que em 2008 participou na ATS Formel 3 Cup.

08/08/09

Entrevista a Yazan Hamadeh


Olá! Hoje a entrevista é a Yazan Hamadeh, um jovem e promissory piloto sírio.
Yazan Hamadeh só competiu nos kartings, por exemplo em campeonatos Rotax e no campeonato MECK. Para mais informação, visite o site deste piloto: http://www.yazan-hamadeh.com.

Aqui está a entrevista:

1) – Como começou a sua paixão pelas corridas de carros?
O meu pai e o meu tio sempre foram fãs de desporto motorizados e pilotos. O meu tio (Fadi Hammadeh) é um campeão sírio e saudita de autocross e hillclimb de vários anos. Eles têm-me acompanhado no desporto automóvel desde muito jovem.

2) – Na sua opinião, qual foi o melhor momento da sua carreira até agora? Porquê?
A minha carreira não tem tido muito destaque até agora. Mas espero alguns melhores momentos.
O melhor até agora foi na Taça de Karting do Médio Oriente. Eu comecei da pole position, mas um acidente atirou-me para o último lugar. Desde o ultimo lugar eu trabalhei forte e fiz segundo. O primeiro lugar teria sido melhor, mas fiquei contente.

2) – Na sua opinião, qual foi o pior momento da sua carreira até agora? Porquê?
O pior momento na minha carreira foi a minha primeira corrida Rotax. Eu era novo para o carro, mas estava um pouco optimista a mais.
Eu quis ganhar, mas os meus adversários tinham muita experiência. Tive um acidente na pré-final e na final, eu não terminei nenhuma corrida e fiquei bastante decepcionado.

4) – Qual o piloto (ou pilotos) que gostou mais de enfrentar nas pistas?
Há muitos pilotos que gostei de correr contra eles. Por agora, penso que será o Hasan Soufrakis, da Líbia, que correu na MEKC comigo. Mas penso que haverá muitos mais num futuro próximo.

5) – Na sua carreira tem tido dificuldades em angariar apoios (patrocínios, etc.)? Como piloto de um país que tem pouca visibilidade no desporto motorizado, é difícil tornar-se um piloto internacional?

Esta é uma questão muito importante. O Médio Oriente no seu conjunto continua a crescer no negócio do desporto motorizado, o que produz muitos desafios para se tornar um piloto internacional. Primeiro de tudo, as companhias locais ou não sabem, ou simplesmente não estão interessadas em patrocinar equipas de desporto motorizado, eles estão principalmente concentrados noutros desportos como o futebol, se estão concentrados nos desportos. Também não existem muitas pistas ou campeonatos por aqui, então tu tens que viajar muito. E viajar muito é um problema, tempo, dinheiro, etc. É muito difícil de certeza.

6) – Quais são as expectativas que tem para o seu futuro? Qual é o principal objectivo para a sua carreira? Fórmula 1?
As minhas expectativas são sempre positivas. E eu sei que será muito difícil. Desde pequeno eu quis o desporto motorizado, principalmente Fórmula 1. É difícil já que não existem no Médio Oriente pilotos tão acima de momento. Mas todos os dias eu cresço, mais percebo que quero a F1 ainda mais. Eu darei o meu melhor, e não desistirei. O meu principal objective é a F1 e espero realizá-lo.

7) – Assumindo que aspira chegar à F1: Há vários campeonatos de promoção a nível internacional. Na sua opinião, qual é o mais atractivo?
Para chegar à F1, tens que saber exactamente como lá chegar. Para mim, a estreia nos monolugares está para muito breve, a ver que a Fórmula BMW, ou a Fórmula Renault serão um grande início. Desde aí, depois de alguns bons resultados, vais para a Fórmula 3. E da F3, dependendo do que fazes, pode chegar à F1, mas é raro, ou sobes às GP2, ou ao novo campeonato de Fórmula 2. Desta forma, tu tens muitas hipóteses de uma equipa de F1 te ver, e tu tens que ser mesmo bom piloto para ser bem-sucedido em todas elas.

8) – Pode deixar uma mensagem aos seus fãs?
Eu estou sempre contente por responder a quaisquer Emails que recebo no meu website. Espero poder ajudar muitas pessoas como puder, e fazer aos meus fãs e apoiantes tão felizes como puder, e estou sempre a tentar o meu melhor. Obrigado!

E foi a entrevista a Yazan Hamadeh!

Se preferir, pode ler a versão original da entrevista, em inglês, aqui:

A próxima entrevista, que excepcionalmente publicarei a uma 4ª Feira, será a Pedro Moreira Santos, o empresário do piloto português Álvaro Parente.