30/06/11

Daniel Ricciardo confirmado na HRT

Daniel Ricciardo, Toro Rosso
Imagem Red Bulls Media Pictures Database/GEPA

A equipa de Fórmula 1 Hispania Racing Team (HRT) confirmou que Daniel Ricciardo irá estrear-se na Fórmula 1 num dos seus carros, já no GP do Reino Unido.

"Protegido" da Red Bull, Ricciardo tem sido o terceiro piloto da Toro Rosso até agora nesta temporada, além de estar a fazer a época das Fórmula Renault 3.5 Series.

Ricciardo não escondeu a sua satisfação: "É um sonho tornado realidade para mim - a primeira vez numa grelha de partida da F1!".

O piloto australiano disse que teve que se "beliscar duas vezes para assegurar que é realidade. Estou entusiasmado e mal posso esperar para pilotar em Silverstone. É um novo desafio, uma nova experiência, uma nova equipa, mas estou preparado e irei dar o meu melhor em qualquer prova."

Segundo o site britânico Autosport.com, Ricciardo irá substituir Narain Karthikeyan e correr ao lado de Vitantonio Liuzzi durante a restante época de 2011, excepto no GP da Índia, no qual Karthikeyan deverá correr, no GP do seu país.

Ricciardo está emprestado à HRT pela Red Bull, que pode assim avaliá-lo em situação de corrida e contra Liuzzi. O australiano tem sido apontado como possível substituto de Sébastien Buemi ou Jaime Alguersuari na Toro Rosso durante esta época se os pilotos da equipa de Faenza desapontarem.

O presidente da Hispania, José Ramón Carabante, está optimista em que o acordo com Ricciardo poderá ser o início de uma maior colaboração entre a sua equipa e a Red Bull, dizendo que "Este acordo é uma recompensa por todo o trabalho duro da Hispania Racing tem mostrado desde que começámos na Fórmula 1 no ano passado,". Carabante afirma que a equipa está "orgulhosa por a equipa campeã mundial de Fórmula 1 ter confiado em nós nos seus esforços de desenvolver os seus pilotos. Esperemos que seja apenas o início de uma relação frutuosa."

imagem: Base de dados de imagens para os Media da Red Bull - Red Bulls Media Pictures Database/GEPA

Porsche regressa a Le Mans em 2014 com protótipo LMP1

A Porsche anunciou que irá regressar às 24 Horas de Le Mans com um protótipo LMP1 totalmente de fábrica.

O Porsche 917 vencedor das
24 Horas de Le Mans em 1970
Como construtora mais bem sucedida da História da prova, a Porsche não participa na classe principal de Le Mans desde 1998, quando a equipa ganhou a prova pela 16ª vez (e última até agora), com Allan McNish, Stephane Ortelli e Laurent Aiello a dividirem o 911 GT1.

A marca germânica permaneceu na prova com uma forte presença na classe de GT desde então.

O Presidente do Comité Executivo da Porsche AG, Matthias Müller, afirmou que a empresa sempre tencionou regressar a Le Mans como equipa de fábrica e tem estado à espera do momento certo para anunciar as suas intenções. Nas palavras de Müller, "O desporto motorizado foi sempre uma parte essencial da marca Porsche," Müller disse que "Por isso para nós foi apenas uma questão de tempo antes de regressarmos como uma equipa de fábrica à liga de topo cda corrida.
"O sucesso da Porsche em Le Mans não tem rival. Queremos dar-lhe seguimento com a 17ª vitória."

O último envolvimento da Porsche na classe de protótipos foi o bem sucedido LMP2RS Spyeder, vencedor das American Le Mans Series, e usado e desenvolvido pela Penske.

A empresa não revelou detalhes do novo projecto, ou se será um carro coupé ou sem tejadilho, mas indicou que quer tirar o máximo partido da abordagem a tecnologias verdes do Automobile Club de l'Ouest (ACO).

Hartmut Kristen, responsável da Porsche Motorsport, disse que "Estamos a olhar em frente para a tarefa de desenvolver novas tecnologias e continuar com o sucesso do Porsche RS Spyder. Depois da conclusão do nosso programa oficial nas American Le Mans Series mantivemo-nos actualizados com os últimos avanços tecnológicos.
"Agora iremos começar com a pesquisa detalhada para avaliar as várias alternativas de conceito para o nosso novo carro.
"Isso depende obviamente de como os regulamentos para o ano de 2014 são no detalhes. Em princípio, estes regulamentos são interessantes para nós porque a integração de tecnologia híbrida no conceito do veículo é uma opção possível."

A Porsche indicou que poderá usar o novo projecto para realçar as novas tecnologias híbridas, como fez recentemente com o 911 GT3 R Hybrid, que correu nas 24 Horas de Nürburgring (realizadas no passado Domingo), com um sistema KERS system desenvolvido pela Williams.

O último Porsche (911-GT1) vencedor das
24 Horas de LeMans, 1998
"Com o RS Spyder provámos que os nossos engenheiros do desporto motorizado em Weissach estão na frente," Wolfgang Hatz, Membro do Quadro para Pesquisa e Desenvolvimento na Porsche AG. "Por acaso, fomos os primeiros a usar um motor de alta rotação com injecção directa de combustível, DFI, estabelecendo novos parâmetros na performance e eficácia.

"Recentemente, com o 911 GT3 R Hybrid, adoptámos uma tecnologia de pilotagem completamente nova para efeitos de corrida e alcançámos uma considerável redução no consumo."

A série de vitórias da Porsche em Le Mans começou em 1970, com Richard Attwood Hans Herrmann.  A pista francesa assistiu então ao domínio da marca durante a década de 1980, com vitórias consecutivas entre 1981 e 1987, os últimos seis destes com as derivações 956/962.


Recorde-se ainda que o emblemático filme Le Mans, com Steve McQueen no principal papel, teve como equipa protagonista a Porsche, com três Porsche 917 com as cores azul/laranja da Gulf. No filme, a personagem interpretada por McQueen (Michael Delaney) venceu a corrida.



António Félix da Costa na F3 Britânica em Nürburgring

O português António Félix da Costa irá competir no campeonato de Fórmula 3 Britânica este fim-de-semana, em Nürburgring. O jovem piloto luso defenderá as cores da Hitech Racing. O seu adversário nas GP3 series, Pedro Nunes, também irá competir nesta ronda do campeonato, igualmente com a Hitech Racing. Ambos pilotarão Dallara-Volkswagens, tal como o piloto regular da equipa, Pietro Fantin.

Ao passo que Félix da Costa só correu nas F3 Euroseries e irá fazer a sua estreia no campeonato britânico, Nunes já participou, como convidado, na ronda do Algarve de 2009 daquele campeonato.

Ambos os pilotos correrão para treinar para a prova de GP3 Series que se disputará em Nürburgring no final do próximo mês de Julho.


Riki Christodoulou, piloto da equipa que falhou a última ronda do campeonato, em Brands Hatch, continuará de fora devido a falta de orçamento.

Para o chefe de equipa, Ryan Sharp,  "É bom ter pilotos experientes ao lado do Pietro e dar-lhe uma ajuda com a afinação e com os dados, que têm falhado nas últimas duas corridas.
"É entusiasmante para a equipa e obviamente é bom que quando a F3 Britânica vai a pistas de qualidade como Nürburgring, fica mais fácil atrair pilotos às corridas."


29/06/11

Entrevista a Kotaro Sakurai: "O meu sonho é tornar-me no próximo Michael Schumacher, e não é fácil"

Olá! Hoje a entrevista que public é ao jovem talento japonês Kotaro Sakurai.

Kotaro Sakurai
A carreira deste jovem piloto nos monolugares começou em 2010, e antes teve uma carreira no karting, vencendo títulos de relevo em 2005 e 2009. Em 2008 foi o piloto mais jovem a pilotar no campeonato All Japan FS125 Karting Championship, campeonato que viria a ganhar em 2009. Nesse ano foi também campeonato do campeonato Japan FS125 Kart Series, e ainda recebeu a Bolsa da Fórmula BMW Pacífico para 2010.
Nos monolugares já competiu na Fórmula BMW Pacífico e na Toyota Racing Series Nova Zelândia, estando agora a disputer o Campeonato Britânico de F3, Classe Nacional.


Eis a entrevista:


1 – A sua carreira não é muito conhecida no meu país, Portugal. O que pode contar acerca da sua carreira até agora?

Temporada de 2010:
    Um dos pilotos da Bolsa de Fórmula BMW em 2010, com a idade mais jovem.
    Terceiro lugar do pódio na primeira ronda da época de 2010.
    No fim de 2010 no GP de Macau, vencedor dos pilotos rookie. [n.d.r.: de Fórmula BMW]
    Também no final de 2010, testei nas GP3 Series em Portugal com a STATUS GP, como um dos pilotos mais jovens, aos 16 anos de idade.
  
    Temporada de 2011:
    Na época de Inverno de 2011, pilotei nas Toyota Racing Series com a STATUS GP.
    Depois das TRS testei novamente nas GP3 Series em Silverstone com a CARLIN Motorsports.
    Assinei com a Hitech Racing para a F3 Britânica (Classe Nacional).
    A 15 de Maio venci a corrida de F3 Britânico com uma idade jovem histórica, em Snetterton (RU), com 16 anos e 321 dias. [n.d.r.: na Classe Nacional]
    Também na última prova de F3 Britânica em Brands Hatch, tive vitórias sucessiva.
    Na geral sou o Segundo do campeonato, vencendo três vezes [n.d.r.: na Classe Nacional], e é tudo aos 16 anos de idade.


2 – Como começou a sua paixão pelo automobilismo?
Quando era criança, via a F1 pela TV e era mesmo impressionante para mim porque o carro voava em todos os sítios mais do que eu imaginava, é o porquê de ter começado a minha carreira.


3 – Tem algum ídolo? Se sim quem é/são?
Michael Schumacher. Porque ainda penso que é o homem mais forte e rápido da História. 91 vitórias e 7 vezes campeão. Recorde fantástico, nada a dizer.


4 – Qual o melhor momento na sua carreira até agora? Porquê?
Primeira vitória na F3 Britânica. Porque como sabes vencer é vencer, também como podes ver a F3 Britânica é um campeonato muito competitivo, e também fiz História na F3 Britânica com 16 anos e 321 dias, que é o recorde de vencedor mais jovem na F3 Britânica, o que me faz mais contente.


5 - Qual o pior momento na sua carreira até agora? Porquê?
Uma corrida de 2010 da [Fórmula] BMW. Quando liderava a corrida, na última volta tive uma falha mecânica. Foi o pior momento até agora na minha carreira.


6 – Qual o piloto que gostas mais de enfrentar nas pistas?
Pilotos contra quem corri no ano passado, e também gostaria de ver mais pilotos japoneses em países europeus.


7 – Quais as principais diferenças entre um kart e um carro de formula, em termos de pilotagem?
Diria que a técnica básica não é muito diferente do karting. Contudo, para pilotar mais rápido em qualquer carro de fórmula, todos os movimentos que fazes têm que ser mais suaves do que no karting. Penso que é a grande diferença. Todos os pilotos têm que ser muito agressivos, mas como disse os pilotos têm que ser muito mais suaves, e é uma coisa mesmo psicológica para todos os pilotos.


8 – Na minha pesquisa verifiquei que competiu nas Toyota Racing Series Nova Zelândia, um campeonato desconhecido aqui em Portugal? O que pode contar acerca deste campeonato, em termos de carro, adversários, etc.? É um campeonato competitivo?
Diria que sim. Penso que é um campeonato competitive. O carro parece-se com um Fórmula Renault, por isso é um treino mesmo bom para todos os pilotos jovens, e outra boa característica das TRS é, como disse, que é realizada na temporada de Inverno, o que ajuda muito os pilotos como eu. Os pilotos jovens precisam de vários quilómetros, por isso as TRS são um bom treino para os pilotos.


9 – Foi difícil começar uma carreira internacional? Quais os principais obstáculos na sua carreira até agora?
Como disse anteriormente o problema que tenho é a quilometragem. Vejo em redor de mim pilotos 3, 4 anos mais velhos do que eu, o que significa que todos têm quilometragem a mais do que eu. Como sabes tenho apenas 16 anos, e é ainda o segundo ano a pilotar monolugares, também em 2011 é o meu primeiro ano a pilotar na Europa, o que é muito desafiante. Contudo ainda tenho tempo, e nada a perder, por isso estou muito entusiasmado por corer na Europa.


10 – Pode fazer um resumo da sua temporada na F3 Britânica até agora?
Penso que estou no ritmo,  lutámos muito no início da época porque perdemos todos os testes de Inverno, o que me torna muito difícil lutar contra outros 20 pilotos. Contudo, depois de Snetterton, finalmente entrámos no ritmo, porque aprendo o carro em todas as corridas, e melhorei-me bastante. Também a equipa fez um bom trabalho. Temos perdido muito tempo na mesma parte do circuito, mas finalmente encontrámos um problema no carro. Penso que passámos muito tempo a reparar o problema, mas a razão para isso é que perdemos todos os testes de Inverno, mas é um desporto motorizado, por isso qualquer coisa pode acontecer a qualquer momento. Também aprendi daí, por isso acho que estamos defenitivamente a ir em frente e tudo corre positive.


11 – É piloto da equipa Hitech Racing na F3 Britânica, uma das equipas mais bem sucedidas no campeonato na última década. Isso aumenta as suas esperanças de se tornar um piloto de topo na Fórmula 1, no future?
Claro que sim. A Hitech é uma boa equipa e como disseste, penso que é uma das equipas mais bem sucedidas deste campeonato. Por isso estou muito contente por pilotar com o pessoal da Hitech, porque está a trabalhar tanto para me apoiar, e temos também um bom treinador de pilotagem, por isso penso que toda a experiência de 2011 terá efeitos bons na minha carreira.


12 – Relacionado à questão anterior: o projecto com a Hitech Racing para a F3 Britânica irá continua rem 2012?
Se tiver uma oportunidade, eu gostaria de o fazer, mas ainda estamos em 2011, e penso que é altura de pensar muito no foco para o resto do campeonato, por isso ainda não sei.


13 – O seu principal objective é a Fórmula 1? Tem outras metas para além do sucesso na Fórmula 1?
De momento estou a olhar só para a Fórmula 1, e mais nada, porque o meu sonho é tornar-me no próximo Michael Schumacher, e não é fácil. Por isso penso que é melhor focar-me apenas na F1.


14 – Para concluir: Quer deixar uma mensagem aos seus fãs, e aos fãs “potenciais” após esta entrevista?
Como sabes, no início deste ano tivemos um desastre terrível no Japão, com terramotos e tsunami. Contudo, mesmo nestas situações terríveis, várias pessoas, fãs, patrocínios, estão a ajudar-me e a apoiar-me muito bem, por isso gostaria de dar um grande agradecimento a eles, e gostaria de expressar o meu melhor e o meu agradecimento nas minhas corridas e resultados. Eu sou um dos japoneses, e estamos todos ao mesmo tempo a dizer “Japão” por isso nunca digam nunca, e não desistam.


"If you can imagine; you can do it!", por Kotaro Sakurai. – “Se podes imaginar, podes faze-lo”

26/06/11

24 Horas de Nürburgring: Pedro Lamy é segundo

A equipa de Pedro Lamy foi a segunda classificada nas 24 Horas de Nürburgring, o BMW M3 nº1 da BMW Motorsport. O piloto luso fez equipa com Jörg Müller, Augusto Farfus e Uwe Alzen, mantendo-se sempre na mesma volta do vencedor, que foi o Porsche 997 GT3-RSR da equipa Manthey Racing.


O BMW perdeu algum tempo, parado nas boxes, nos primeiros momentos da corrida. A paragem mais prolongada foi para substituir um pára-choques danificado como resultado de um incidente com um piloto atrasado, e fez a equipa de Lamy descer algumas posições. Contudo, a equipa do português foi capaz de recuperar posições, sendo a única que chegaram a ter possibilidade de impedir o Porsche de vencer, chegando ao final na mesma volta do vencedor. Pedro Lamy pilotou igualemente o segundo BMW, mas este quedou-se pela 26ª posição, devido a problemas de travões.

A Manthey Racing, equipa oficial da Porsche nas 24 Horas, manteve-se sempre na liderança após ter anoitecido. Pilotado por Marc Lieb, Lucas Luhr, Timo Bernhard e Romain Dumas, o carro alemão manteve sempre um andamento regular e não sofreu problemas. No início, a liderança foi discutada com o Ferrari 458 GTC da Farnbacher Racing. Porém, o carro italiano atrasou-se devido a uma avaria na suspensão. O Porsche 997 GT3-R Hybrid foi somente 28º.

A fechar o pódio ficou o Audi R8 LMS da Phoenix Racing, que apesar do terceiro posto ficou já a uma volta do líder.

A equipa do Mercedes SLS AMG da Heico Motorsport, constituída por Marc Basseng, Marcel Fässler, Andrea Piccini e Frank Stippler sofreu um problema mecânico de última hora com o seu carro.

Como é hábito, foram os carros de GT a ocupar as posições de destaque, com o melhor carro de turismo (um Subaru Impreza WRX pilotado Toshihiro Yoshida, Kota Sasaki, Marcel Engles e Carlo van Dam) a terminar a 14 voltas do vencedor , a 14 voltas, em 21º. Seis lugares atrás ficou classificado o VW Scirocco GT24 de Carlos Sainz, Nasser al Attiyah, Giniel de Villiers e Klaus Niedwiedz.

Resultados (10 primeiros + 1º da classe de Turismos):


Fórmula 1, GP Europa: Sebastian Vettel alcança sexta vitória da época

Sebastian Vettel continuou
o domínio na época de 2011
Red Bulls Media Pictures Database/GEPA

Sebastian Vettel continuou o seu domínio da época de 2011 da Fórmula 1, e depois da derrota em Montreal venceu o Grande Prémio da Europa, em Valência, com facilidade. O campeão mundial em título fugiu dos seus rivais com um ritmo inicial nos primeiros momentos, construindo uma vantagem de três segundos em poucas voltas, continuando o resto da corrida com uma vantagem semelhante, antes de aumentar o ritmo para a volta mais rápida na última fase da prova, aumentando a margem para 10.8 segundos.

Fernando Alonso conseguiu um muito encorajador segundo lugar para a Ferrari em frente do seu público. Ambos os Ferrari passaram o McLaren de Lewis Hamilton na partida, com um rápido Felipe Massa entre Hamilton e Alonso, tentando ir abordar Mark Webber por dentro para o segundo. Contudo, o brasileiro teve que desistir da manobra, e Alonso manteve-se à frente do seu colega de equipa, para ficar em terceiro.

Alonso ficou depois perto de Webber e conseguiu o segundo lugar, à 21ª volta. O espanhol não conseguiu afastar-se do australiano, e quando o Red Bull fez a sua segunda paragem, pouco depois, Webber conseguiu regressar na frente de Alonso. Mas não foi o fim da luta pela posição. Na última mudança de pneus, Alonso recuperou a vantagem, correndo mais três voltas do que Webber com pneus macios, enquanto Webber usava já os seus pneus médios. O piloto da Ferrari regressou mesmo à frente de Webber, que, quando a equipa o mandou abrandar e ter cuidado com a sua caixa de velocidades, ficou sem qualquer esperança de recuperar a posição a Alonso.

A táctica de mais paragens não ajudou Massa, que apenas terminou no quinto lugar, atrás de Hamilton, aproximando-se do McLaren já na parte final, sem qualquer ameaça.

O vencedor de Montreal, Jenson Button, teve uma tarde discreta. Foi ultrapassado por Nico Rosberg na partida e só recuperou a posição ao Mercedes na Curva 2, à 6ª volta, quando já estavam fora de alcance os pilotos da frente. Mais tarde, o KERS do carro do britânico falhou, o que relegou Button a um solitário sexto posto final.

Rosberg foi sétimo com o melhor dos Mercedes, tendo lutado com um impressionante Jaime Alguersuari. O piloto da Toro Rosso a converter o seu miserável 18º posto na grelha num magnífico 8º lugar final, resultado também de uma estratégia de duas paragens quando a maioria dos pilotos parou três vezes. Alguersuari segurou Adrian Sutil no final, com o Force India a superar uma luta inicial com Nick Heidfeld, 10º lugar em Renault.

Sérgio Perez foi, desta feita, o melhor dos Sauber, com uma estratégia de apenas uma paragem, falhando os pontos por pouco (11º), tendo perseguido, sem sucesso, Heidfeld, que acabou em 10º. 

As esperanças de Michael Schumacher em pontuar acabaram quando teve um incidente com Vitaly Petrov quando regressava à pista após a primeira troca de pneus. O incidente forçou o alemão a parar mais uma vez, para colocar uma nova asa frontal, o que deixou o Mercedes em 17º. Petrov foi somente 15º, nunca recuperando de uma má partida.

Destaque ainda para Kamui Kobayashi pela negativa, visto que o piloto nipónico foi 15º, terminando pela primeira vez uma prova fora dos lugares pontuáveis este ano (na Austrália foi desclassificado devido a irregularidades no carro, mas na pista terminou em 8º).

Resultados:


Após oito rondas, estão assim ordenadas as tabelas dos campeonatos de pilotos e de construtores:


imagem: Base de dados de imagens para a imprensa da Red Bull - Red Bulls Media Pictures Database/GEPA

GP2 Series em Valência, 2ª corrida: Esteban Gutierrez estreia-se a vencer em corrida positiva da ORT

Esteban Gutierrez wins in Valencia 2011
Esteban Gutierrez, da Lotus ART, conseguiu a sua estreia nas vitórias nas GP2 Series, dominando a segunda corrida do fim-de-semana nas ruas de Valência. O piloto, que também é piloto de reserva da Sauber na Fórmula 1, aproveitou, no reinício de corrida, um erro na travagem para a Curva 2 do homem da pole, Josef Král. Daí em diante, só foram necessárias algumas voltas para estabilizar, depois de escapar facilmente dos perseguidores.

Luiz Razia também passou Kral no reinício, mas o piloto da AirAsia não conseguiu a liderança da corrida. No final, fez um bom trabalho para manter Giedo van der Garde, líder do campeonato, atrás de si.

Giedo van der Garde subiu de sétimo a quarto na primeira volta, e na quarta volta, tal como Dani Clos, passou Karal, que mais tarde iria fazer um pião.

A corrida continuou estática na frente até aos últimos momentos, quando o quarto classificado, Clos, no carro da Racing Engineering, começou a perder ritmo. Foi o piloto da AirAsia, Davide Valesecchi, que aproveitou os "azares alheios", passando o espanhol a três voltas do fim. Mas Michael Herck, da Coloni, não conseguiu o ataque para subir mais além do que o sexto posto.

Jules Bianchi, colega de equipa de Gutierrez, não teve, desta feita, azares, subindo de 24º na grelha para o 7º posto final, falhando por pouco os pontos. O francês "apanhou" um susto quando atirou Kevin Mirocha para a linha mais difícil, quando o piloto da ORT fez um desvio perigoso à sua frente, numa tentativa de manter posição. Mirocha fez, contudo, uma corrida sólida e contribuiu para a boa prestação da equipa portuguesa ORT, como pode ler mais adiante.

O líder do campeonato, Romain Grosjean, só fez cinco curvas nesta corrida. O piloto da DAMS entrou em contacto com dois carros na travagem para a Curva 2, e teve um incidente com Rodolfo Gonzales e Charles Pic, três curvas depois, numa situação que motivou a intervenção do safety-car.


Álvaro Parente: "Reunimos muitos dados que serão preponderantes para a evolução do carro" -
Álvaro Parente teve o fim-de-semana estragado
logo na primeira curva da primeira corrida
Álvaro Parente ficou-se pelo 18º posto
Apesar de não ter abandonado na segunda corrida (como sucedera na primeira prova devido a um toque logo na 1ª curva), Álvaro Parente não teve uma corrida muito positiva.

Logo na primeira curva envolveu-se num incidente na travagem para a primeira curva, danificando a asa frontal do seu carro. A situação motivou uma ida às boxes para o piloto português.

Álvaro Parente realça que, depois de ontem ter abandonado logo na primeira curva e, consequentemente, partir do fundo do pelotão, "dificilmente poderia alcançar um bom resultado hoje." Parente destaca que com o incidente na entrada para a primeira curva, "tudo se complicou ainda mais nos primeiros metros da corrida devido a um toque que me partiu a frente do carro. Fui obrigado a passar pelas boxes para reparações e caí para o último lugar."

Álvaro Parente disse que, tendo em conta a curta distância da corrida, qualquer recuperação era impossível, encarando "a corrida como se fosse uma sessão de testes".

Para Álvaro Parente, apesar dos maus resultados, há aspectos positivos na sua estreia com a Carlin nas GP2 Series, mostrando confiança para o futuro, visto que a segunda melhor volta da corrida lhe pertenceu, além de ter sido muitas vezes o mais rápido em pista.

Álvaro Parente lembra que "Todo o fim-de-semana ficou condicionado pelo incidente de ontem," mas o português realça a importância de "completar a corrida, uma vez que nos permitiu reunir muitos dados que serão preponderantes para a evolução do carro." Assim, foi possível encontrar "algumas soluções que iremos introduzir na próxima etapa, que será realizada em Silverstone, que penso que nos permitirão ser ainda mais competitivos".


Ocean Racing Technology com fim-de-semana positivo
A Ocean Racing Technology teve, em Valência, o melhor fim-de-semana da época até agora nas GP2 Series. A equipa lusa teve uma boa performance ao longo das corridas, conseguindo o oitavo posto da corrida de Domingo, com Kevin Mirocha.

Kevin Mirocha foi oitavo em Valência -
Kevin Mirocha esteve em bom plano
num circuito que desconhecia
Mirocha adaptou-se muito bem a um circuito que desconhecia e teve um bom fim-de-semana, alcançando o seu melhor resultado do ano, culminando no 8º posto na segunda corrida após partir de 12º. Por seu lado, Johnny Cecotto Jr. também se mostrou sempre muito rápido, e não fosse a penalização, podia ter terminado a 1ª corrida em sétimo ou oitavo, o que lhe permitiria partir da primeira linha da grelha na 2ª corrida.

Mirocha esteve muito tempo em sétimo, na 2ª corrida, e só perdeu a posição na última volta, ao ser ultrapassado por Jules Bianchi em cima da linha da meta. Na primeira corrida, o alemão tem que dar graças a uma boa estratégia de equipa e a uma pilotagem madura para recuperar de 26º para ser 12º. Mirocha mostrou-se, portanto, satisfeito, referindo: "Foi um bom fim-de-semana. Adaptei-me bem ao circuito e o carro esteve muito bom. A estratégia que adotámos também foi muito importante para que as coisas corressem bem. Na segunda corrida o carro também esteve bem. Tivemos alguns problemas com a embraiagem, mas conseguimos ultrapassá-los. Consegui uma boa partida e ganhei algumas posições. Depois já para o final, estava a conseguir segurar o Bianchi, mas na última curva ele tinha mais pneus e estava mais rápido, pelo que conseguiu ganhar a posição. De qualquer forma, foi preciso muito trabalho para chegar aqui. O saldo é positivo quando vemos que as nossas apostas dão resultados,".

Johnny Cecotto Jr. sai de Valência menos satisfeito, já que sofreu vários percalços que o afastaram não só da linha da frente para a segunda corrida, como também de uma possível primeira vitória nas GP2 Series. Na segunda corrida, o venezuelano deixou o carro desligar-se na grelha, sendo forçado a partir da via das boxes. Isso comprometeu o resultado na corrida.

A estratégia da ORT na primeira corrida foi determinante para a primeira corrida da equipa portuguesa. Parando nas boxes mais tarde, os dois pilotos regressaram classificados nos 10 primeiros, e Cecotto Jr. estava inclusivamente em posição de assegurar a pole para a segunda corrida. Contudo, por desrespeitar bandeiras amarelas, o venezuelano foi penalizado, perdendo posições.

Cecotto Jr. contestou a penalização, dizendo: "Foi completamente inadvertido. Eu tinha acabado de trocar de pneus e por isso é que mesmo desacelerando na situação de bandeiras amarelas, estava a fazer os meus melhores tempos. É injusto, porque tinha sido 7º ou 8º e assim tinha a pole da segunda corrida. Este domingo, o carro ter ido abaixo comprometeu tudo. A corrida é mais curta e é difícil recuperar lugares.,".

Resultados da corrida:


fontes:

relatório de prova, resultados, 1ª imagem: http://www.autosport.com/news/report.php/id/92662




GP3 Series em Valência: James Calado triunfa em novo abandono de Félix da Costa

James Calado wins in Valencia
James Calado venceu pela primeira vez nas GP3 series, com uma grande performance nas ruas de Valência. O piloto da ART liderou desde a pole position, e construiu gradualmente uma vantagem enquanto os adversários lutavam pelas restantes posições pontuáveis.

Valtteri Bottas passou as primeiras voltas a defender-se de Dean Smith e de Alexander Sims. Quando o finlandês se defendeu de Smith, Alexander Sims pôde passou o seu compatriota, por fora na Curva 6. Mais tarde, o piloto da Status conseguiu igualmente passar Bottas.

Bottas manteve o terceiro posto após isto, enquanto o líder do campeonato, Mitch Evans, conseguiu o quarto posto depois de algumas boas lutas. O neozelandês passou o seu colega de equipa na MW Arden, Lewis Williamson, à terceira volta, e na 9ª volta conseguiu passar Gabby Chaves e Dean Smith, quando discutiam o quarto lugar.

Félix da Costa teve fim-de-semana para esquecer
Problemas de travões relegaram
Félix da Costa para posições
pouco habituais
Smith parecia ter o quinto lugar assegurado, à frente do seu colega de equipa Gabby Chaves, mas o britânico foi penalizado com uma travessia pelas boxes por ignorar bandeiras amarelas. Chaves foi, por isso, beneficiado com a penalizalção, "herdando" o quinto posto. Lewis Williamson conseguiu o último lugar pontuável, ao terminar em sexto. Conor Daily foi o sétimo e esteve "à beira" de pontuar pela primeira vez.

Adrian Quaife-Hobbs, que no carro da Manor venceu a primeira corrida do fim-de-semana, terminou, desta feita, apenas em oitavo.

Quanto ao português António Félix da Costa, foi forçado a novo abandono, como consequência com problemas de travões que desiquilibravam o carro.

Resultados desta corrida:


fontes:
relatório de corrida, resultados, imagem 1: http://www.autosport.com/news/report.php/id/92658
corrida e imagem de António Félix da Costa: http://www.lusomotores.com/content/view/10384/49/





MotoGP, GP Holanda: Spies estreia-se a vencer

Ben Spies triunfou pela primeira vez na sua carreira na classe-rainha do motociclismo mundial, na corrida de MotoGP do GP da Holanda, disputado no histórico circuito de TT Assen.

O americano liderou desde início, e conseguiu distanciar-se cedo dos adversários, quando o seu colega de equipa na Yamaha, Jorge Lorenzo, caiu na sequência de um incidente com Marco Simoncelli. Neste incidente, Simoncelli não tentou claramente ultrapassar o campeão mundial, mas perdeu o controlo da sua moto e colidiu com a Yamaha. Como o acidente foi a baixa velocidade, ambos os pilotos conseguiram regressar. Contudo, no caos provocado, Spies subiu na classificação. Por essa altura, ao chegar à recta da meta para a volta dois, Spies tinha três segundos de vantagem.

Atrás do texano, Stoner e Dovizioso lutaram brevemente pelo segundo posto, antes do australiano líder do campeonato conseguir distanciar-se e partir em perseguição de Spies. A vantagem foi reduzida para 3.5, à 9ª volta, antes de Spies começar a responder, restabelecendo a sua vangagem.

O pneu dianteiro de Stoner pareceu em dificuldades à medida que a corrida avançava e o australiano teve que se contentar com o segundo posto, à frente de um distante Dovizioso.

Valentino Rossi foi o quarto, lutando inicialmente com um impressionante Cal Crutchlow. Contudo, o britânco foi forçado a parar, com o pneu da frente bastante desgastado. A estrela da Ducati conseguiu facilmente manter a posição até ao fim, à frente do seu colega de equipa Nicky Hayden. Em sexto ficou Lorenzo, que provou não só que a Yamaha era a moto a ter em conta no asfalto frio de Assen, mas também que teria ganho a corrida sem o incidente do início.

Colin Edwards classificou-se na sétima posição, à frente da outra Honda oficial, de Hiroshi Aoyama, e de Toni Elias. Simoncelli encerrou os dez primeiros, numa moto que parecia desintegrar-se volta após volta.

Álvaro Bautista, Hector Barbera, Kousuke Akiyoshi foram os restantes pilotos a terminar a corrida. Randy de Puniet e Karel Abraham foram os únicos que caíram não conseguindo regressar, com Abraham a partir mesmo um dedo.


Resultados da prova:


Moto2 em Assen: Marc Marquez triunfa no molhado

Marc Marquez conseguiu a sua segunda vitória na classe Moto2 num molhado circuito de Assen. O espanhol é agora segundo no campeonato.

O líder do campeonato, Stefan Bradl, partiu da pole position, mas teve um acidente que o atirou para fora da corrida. Não obstante, continua em primeiro, com 57 pontos de vantagem para Marquez na geral. Bradl perdeu várias posições à partida, ficando num distante 13º lugar. Apesar de conseguir ir até a oitavo, acabou por sair de pista na chicana nas últimas voltas.

Simone Corsi, Bradley Smith e Marquez estabeleceram o ritmo no início, e apesar das condições melhorarem bastante, Corsi ia desaparecendo, acabando por descer até ao 14º posto.

Kenan Sofuoglu intrometeu-se, então, na luta pela liderança entre Smith e Marquez, com Yuki Takahashi pouco atrás. Os três primeiros trocaram de posições na frente, numa corrida muito próxima.

Takahashi conseguiu subir a segundo, mas acabou por cair na 20ª de 24 voltas. Marquez liderava na altura, e o acidente deu-lhe a chance de "respirar" um pouco, aumentando a sua vantagem para Sofuoglu para 2.3 segundos. Quando a Sofuoglu, o turco conseguiu o seu primeiro pódio na Moto2. Smith conseguiu o terceiro posto.

Anthony West mostrou as suas capacidades no molhado, subindo de 21º até 4º, ficando um pouco à frente da luta pelo 5º posto, vencida por Alex de Angelis contra Mattia Pasini.

Resultados da corrida: