25/02/11

Entrevista ao Engº. Paulo Pinheiro

Depois de um period de tempo sem entrevistas, eis que Blog Motors and World News entrevista agora o Engenheiro Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve, e um dos principais responsáveis por pôr de pé não só o autódromo, como também o kartódromo e o parque tecnológico adjacentes. Além destes projectos que por si só enchem de orgulho os desportos motorizados portugueses, Paulo Pinheiro foi também um dos responsáveis por “erguer” a competitiva equipa Parkalgar-Honda, do Mundial de Supersport.


Eis a entrevista:

1 - Antes de mais, como se "iniciou" no mundo dos "motores"?
Desde sempre fui um amante de desportos motorizados, tendo começado nos karts em 1985 e depois em 1991 passei para as motos, na classe de superbikes. Desde que me lembro que esta foi sempre  a minha grande paixão.

2 - Como surgiu a ideia de levar a cabo uma obra como o Autódromo Internacional do Algarve, principalmente numa situação de crise como a que vivemos?
A génese da ideia surgiu da constatação de que a sul do país existia uma lacuna ao nível deste tipo de infra-estrutura. E assim, em 2001, comecei a colocar no papel as ideias que, há já algum tempo vinha “alimentando”. Por outro lado, a percepção de que não havia, na região do Algarve, grandes alternativas ao segmento Sol e Mar, alavancou ainda mais a ideia de que um projecto desta envergadura viria contribuir para uma diversificação e acréscimo da procura turística na região, a qual viria contribuir para atenuar a tendência de sazonalidade da procura turística. O início da crise coincidiu precisamente com o início da execução da obra mas, graças a uma equipa jovem, motivada, e com a ajuda dos nossos parceiros conseguimos fazer face às dificuldades que fomos encontrando.

3 - Quais os maiores "entraves"/dificuldades para a construção e financiamento do Autódromo?
As maiores dificuldades foram fazer as pessoas acreditar no projecto: da sua viabilidade e do seu interesse para a região e para o país.

No início deparei-me com algum cepticismo por parte de algumas entidades mas penso que é normal, pois era algo completamente novo. Mas aos poucos o projecto foi captando interesse e credibilidade até que se tornou realidade.


4 - Nestes cerca de 2 anos e meio de autódromo qual o balanço que faz, em termos de taxa de ocupação, campeonatos e testes disputados, etc.? As expectativas iniciais estão a ser correspondidas?
Dois anos após a abertura ao público, o balanço é deveras positivo: o AIA recebeu nove provas de Campeonatos Internacionais, nomeadamente Campeonato do Mundo de Superbike (3 edições), A1GP, Le Mans Series  (2 edições), FIA GT (2 edições) e GP2, WTCC, Race of Champions, Superstars, International Gt Open para além de, por duas vezes, ter recebido a Fórmula Um para testes. Foi elogiado por todo o mundo pelos melhores pilotos mundiais como: Michael Schumacher, Lewis Hamilton, Fernando Alonso, Troy Bayliss, Ben Spies entre muitos outros.
O AIA foi nomeado “Motorsport Facility of the Year” pelo ‘Professional Motorsport World Expo Awards 2009” que anualmente premeia as melhores equipas, personalidades, tecnologias e infra-estruturas do mundo automobilístico, entre muitas outras distinções, pela sua qualidade e modernidade. Temos uma ocupação média sempre superior a 85% o que é excelente pelo que o balanço para já é muito positivo.


5 - Dos campeonatos que o AIA tem acolhido, qual considera mais importante de segurar?
Todos eles são importantes, sem bem que o Campeonato do Mundo de Superbike, pelas mais variadas razões, é aquele que nos dá mais gozo e mais prazer receber:
Por um lado por  a Organização ter acreditado em nós desde o primeiro momento. Em 2008, as obras tinham acabado dias antes e parecia utópico que a final de um Campeonato de Mundo de SBK pudesse realizar-se, mas acreditaram e nós e, nas duas edições seguintes, demos mostras que vale a pena continuar a apostar na realização desta belíssima prova no nosso circuito.
Por outro lado, é o campeonato onde corre a equipa da casa, Parkalgar Honda, e o nosso piloto, Miguel Praia, o único português a disputar este campeonato.
Gosto muito também do FIA-GT.

O balanço tem sido muito positivo, e em 2011 irá realizar-se a quarta edição.

6 - No seguimento da pergunta anterior, dos eventos já acolhidos, qual o que lhe interessa mais pessoalmente, em termos de espectáculo?
Pelas razões acima apontadas, é sem dúvida o WSBK.

7 - Qual o ponto de situação actual do autódromo? Para 2011, qual a taxa de ocupação prevista?
Este ano, contrariamente aquilo que se poderia esperar temos uma taxa de ocupação muitíssimo satisfatória. Desde apresentações automóveis, sessões de fotografia para catálogos, aluguer de pista para testes, provas, track days e eventos corporate, não poderíamos estar mais satisfeitos. A taxa de ocupação ronda, até ao momento, os 90%.

8 - Para o futuro, quais os grandes objectivos do autódromo? Moto GP e Fórmula 1 estão ao alcance nos próximos anos?
Conforme referi há pouco, a situação económica não está a ajudar e a vinda da Formula 1, em particular, implica um forte investimento, não só do circuito mas do próprio Estado pelo que, para já, é algo que está fora do nosso alcance. Claro que esse é o sonho de qualquer circuito. Mas vamos continuar a trabalhar e quem sabe? MotoGP, está no Estoril e está muito bem!

9 - Em relação ao Kartódromo, está a corresponder às expectativas em termos de ocupação?
Sim, o Kartódromo é uma aposta ganha. Desde o primeiro dia que o público aderiu muito bem. O traçado da pista é muito elogiado e as pessoas têm sido muito receptivas.
Em 2010, recebemos a prova de referência da modalidade, o WSK Series e o evento foi um verdadeiro sucesso. Para além disso, recebemos o troféu Rotax e a Taça de Portugal de Karting. Para além disso, tem siso usado, em complemento ao AIA, para realização de testes de pneus, apresentações, entre outros eventos.       

10 - Em termos de AIA Racing School, como funciona? A procura ao serviço tem correspondido às expectativas?
A Racing School, pela especificidade e pela novidade do produto tem correspondido plenamente às expectativas. O facto de reunir viaturas de gama alta como Porsches, Ferraris, BMW a pilotos profissionais faz desta escola de pilotagem uma escola de sucesso.
Entre os produtos disponíveis temos Track days moto (Aluguer do circuito para uso particular, para motos), Track days auto (Aluguer do circuito para uso particular, para automóveis), Escola de condução defensiva e Taxi experience moto e auto.


11 - Também adjacente ao autódromo há o parque tecnológico. Qual a evolução esperada para o parque nos próximos anos?
Este é um equipamento de particular importância no complexo.
Nesta fase, encontram-se fechados dois acordos: está prevista o início de construção uma unidade fabril, que a outra, destinada à produção e transformação de carros desportivos de competição é a N. Technology, empresa italiana, que desenvolve o seu trabalho na área da engenharia automóvel, e que conta já com uma vasta experiência a nível de carros de turismo, rali e GT. Desde sempre ligada a grandes marcas, como a Porsche, a N. Technology tem em mãos, neste momento, a concepção e desenvolvimento da versão de corrida do último modelo daquela marca, o Panamera S, embora as negociações ainda não estejam fechadas.
O Parque Tecnológico terá as mais modernas infra-estruturas técnicas de apoio, criando assim condições para que os futuros utilizadores, nas áreas da pesquisa e desenvolvimento, possam funcionar em estreita relação com o circuito.
A relação entre o circuito e o Parque Tecnológico revela-se muito útil aos construtores de automóveis, motos, pneus, combustíveis e lubrificantes, na medida em que, todo o trabalho de pesquisa e desenvolvimento, poderá ser testado no circuito, em tempo real, com baixos custos e com a discrição muitas vezes necessária.

No entanto, o Parque Tecnológico está aberto a outras áreas de negócio, pelo que se poderão aí sediar empresas ligadas por exemplo às energias renováveis ou a qualquer outra área da inovação empresarial.

12 - Falando da equipa Parkalgar, começo por perguntar o porquê de ser uma equipa de motociclismo. A ideia do motociclismo foi a única, ou chegou a colocar a hipótese de ser uma equipa de automobilismo?
Nós temos a equipa, desde 2006, numa fase em que era crucial credibilizar o projecto além fronteiras o que foi atingido plenamente! Nos automóveis, apoiamos diversos pilotos aos longo dos anos, Pedro Lamy, Tiago Monteiro, Filipe Albuquerque, a equipa Ocean, entre outros, mas nunca equacionamos até agora ter uma equipa nossa.

13 - Como vê o desenvolvimento e o ponto de situação da equipa Parkalgar nas Supersport? Está a evoluir como esperado, ou esperava-se algo mais nesta altura?
No início deste projecto, em 2006, ninguém colocava a hipótese de a equipa vir a estar na luta pelo Mundial. Na altura era perfeitamente compreensível que tal se questionasse, pois na altura era quase utópico. Era a equipa mais pequena de todo o paddock, apenas com o Miguel Praia como piloto e uma carrinha de apoio, enquanto que todas as outras equipas se apresentavam com orçamentos astronómicos e camiões Tir tipo F1. Mas nunca nos deixamos intimidar e sempre acreditamos que também chegaríamos lá. E chegamos, não só em 2010 mas também em 2009. E não fosse o trágico acidente que vitimou o Craig Jones em 2008, a equipa teria certamente feito história desde então. A Parkalgar Honda é actualmente uma das equipas mais “temidas” e mais respeitáveis do paddock do Mundial de Supersport e nada tem a ver com o orçamento que disponível por época, porque esse continua a ser reduzido se comparado com outras estruturas.
Respondendo à sua questão, a equipa está a evoluir melhor até que o esperado, considerando o nosso percurso, já que o ano passado até obtivemos o recorde de vitórias numa época (8).

14 - Os pilotos da Parkalgar têm sido todos britânicos ou irlandeses, à excepção do Miguel Praia. Há alguma razão em especial para a escolha, ou é mera coincidência?
Também já tivemos pilotos americanos Josh Hayes e italianos Simone Sanna, mas realmente apreciamos muito o espírito combativo e o profissionalismo dos pilotos ingleses.

15 - Na sua óptica, o que tem impedido o Miguel Praia de ser tão competitivo como os colegas de equipa?
O facto de ter começado em campeonatos internacionais, 10 anos depois de qualquer outro dos pilotos que está na grelha com ele. Convém não esquecer que em 2005, após apenas uma época e meia no estrangeiro, fez duas provas em Portugal, e ganhou ambas com larga vantagem. É de longe o melhor piloto de motos de todos os tempos em Portugal.

16 - Como lidou a equipa com o falecimento de Craig Jones nas circunstâncias conhecidas? Foi difícil de gerir a situação na equipa? Alguma vez foi equacionada a extinção da equipa devido ao trágico acontecimento?
Como se costuma dizer, o que não nos mata torna-nos mais fortes, e penso que o trágico acidente do Craig nos deu força para continuarmos. Ele iria gostar que assim fosse.
Em nenhum momento consideramos o fim deste projecto. Pelo contrário, achámos que devíamos levá-lo mais além, embora tenha havido um momento muito difícil, e ai o apoio da família do Craig foi fundamental.
Em homenagem ao Craig o AIA tem uma curva com o seu nome.

17 - Para concluir, que mensagem deixa aos seguidores de automobilismo em Portugal, bem como aos seguidores das infraestruturas do AIA?
Aos seguidores do automobilismo e motociclismo deixo o convite para virem assistir às provas, pois elas são feitas para o público, e é o público que ajuda a que cada prova seja um sucesso.

Aos seguidores das restantes infraestruturas, gostaria apenas de dizer que gradualmente, o Algarve Motor Park está a crescer e  a tornar-se o maior parque de desportos motorizados do país.

11/02/11

Testes F1 - Jerez, dia 1: Massa faz o melhor tempo

Felipe Massa, em Ferrari, foi o mais rápido do primeiro dia de ensaios de pré-época da Fórmula 1 em Jerez.
O brasileiro estabeleceu o tempo mais rápido do dia na sua sétima volta da sua primeira série. A marca foi estabelecida exactamente a meio da série, o que constitui um sinal positivo no ritmo da Ferrari, contando com o nível de combustível e os pneus frontais.

A Ferrari fez apenas mais uma série longa de voltas à tarde, com Massa a completar 16 voltas, a maioria das quais na casa do 1m23-24s. O brasileiro fez também voltas em 1m22s algumas vezes, em séries mais curtas mas em nenhum momento esteve a menos de 1.5 segundos do seu melhor.

Sergio Perez fez o segundo melhor tempo do dia. O tempo foi estabelecido na primeira volta lançada de uma série de oito, durante a qual o seu ritmo caiu drasticamente do 1m25s para o 1m27s antes de regressar às boxes. A Sauber não fez séries mais longas do que oito voltas no dia todo.

Perez provocou, ainda cedo, a primeira bandeira vermelha do dia, ao parar à saída da Curva Jorge Martinez - a segunda à esquerda após o gancho Dry Sack.

Mark Webber fez apenas o terceiro tempo da geral, mas veio na primeira de uma série de seis voltas. O Red Bull RB7 mostrou novamente uma consistência impressionante de ritmo em várias séries longas - Webber fez mais duas séries com mais de doze voltas consistentemente na casa do 1m23s.
Daniel Ricciardo foi o quarto mais rápido, num Toro Rosso, fazendo constantemente voltas na casa do 1m23s em séries "médias" de voltas, melhorando depois para o 1m21.7s, a sua melhor volta.

A McLaren fez principalmente séries curtas neste primeiro dia com o seu novo carro, acabando com o quinto melhor tempo. Durante a sua série mais longa (11 voltas), os tempos das voltas de Lewis Hamilton caíram do 1m23s para o 1m24s. O seu melhor tempo do dia, em 1m21.914s, foi feito numa série de apenas uma volta.
Jaime Alguersuari passou para o controlo do Toro Rosso à tarde, acabando em sexto. O espanhol fez, principalmente, séries de cinco voltas, com os seus tempos a rondarem consistentemente o 1m22s até uma série inteiramente no 1m27s.

A Force India estreou cautelosamente o seu carro de 2011, mas no fim do dia Adrian Sutil fez 11 voltas consecutivas, principalmente em 1m24s. Também fez a melhor das suas 28 voltas no início da série, cotando-se como o sétimo mais rápido do dia.

Depois de uma série rápida para testar a água, o piloto da Lotus Renault GP, Vitaly Petrov, fez durante a maior parte da manhã fezendo voltas de instalação back-to-back. O russo fez tempos no 1m24s na sua série mais longa, de oito voltas, efectuando o seu melhor tempo na primeira volta de uma série de cinco. Também provocou uma bandeira vermelha ao fazer um pião para a gravilha na Curva 1 mais tarde, durante a tarde.

A Mercedes fez mais um dia de teste sem mostrar sinais de ritmo para os primeiros lugares. Nico Rosberg caiu do 1m24s para o 1m26s na sua série mais longa do dia, de 17 voltas - apesar de ter feito o seu melhor tempo do dia - uma volta em 1m23.963s - na terceira volta da série, ao ter um nível de combustível significante.
Foi Rosberg que causou a terceira bandeira vermelha do dia, ao parar na pista a meio do dia.
A Lotus fez 12 voltas na sua série mais longa, caindo de um 1m24.792 para 1m26s. Jarno Trulli ainda fez novamente voltas no 1m24s em séries mais curtas, mais tarde no dia.

Timo Glock fez 42 voltas com o novo Virgin MVR-02, estando a maior parte do dia na casa do 1m25s - em séries curtas no início e depois durante uma série de oito voltas no final da sessão.

Pastor Maldonado só fez 14 voltas com o Williams após um problema no actuador da asa de manhã. A equipa esperava regressar à pista para mais voltas à tarde mas apenas conseguiu fazer duas séries curtas.

Eis os tempos deste primeiro dia:

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06/02/11

António Félix da Costa: poderão haver novidades esta semana

António Félix da Costa, a jovem promessa do automobilismo português, poderá anunciar novidades para a semana que vem, segundo disse o seu irmão, Duarte Félix da Costa, ao 16 Válvulas.

Duarte Félix da Costa disse na entrevista ao programa de rádio/podcast de Gonçalo Sousa Cabral que, apesar de ainda não poderem ser revelados detalhes, “as coisas têm corrido bem”, podendo “garantir que está tudo controlado” e há a “garantia de que o António irá disputar um campeonato competitivo numa equipa competitiva e dar mais um passo” rumo à Fórmula 1.

Duarte Félix da Costa diz que apesar de desejarem ter as coisas já assinadas, estando “a demorar um pouco mais, está tudo no bom caminho”.

Questionado sobre a evolução da carreira do seu irmão, Duarte afirmou que houveram “inúmeras propostas das equipas mais competitivas da GP2”, tendo havido “uma possibilidade muito grande de o António correr na Asian Series”. Apesar de todos os envolvidos na gestão da carreira de António Félix da Costa serem da opinião que o jovem luso está preparado para as GP2, pensam ser melhor entrar com um título ou resultado de grande relevo para alcançar um maior respeito.  Duarte Félix da Costa  afirmou que “a GP3 é a grande probabilidade este ano. Na próxima semana vamos ter confirmações”. Ainda sobre o seu irmão António, Duarte afirmou que “além da GP3 irá haver uma grande notícia para todos nós”, paralela ao programa das GP3.

A entrevista pode ser ouvida na íntegra em http://radio16valvulas.podomatic.com/entry/2011-02-03T14_34_43-08_00 .

Revista Motors and World News, Edição 9

Já pode ler a edição de hoje da revista Motors and World News em http://bit.ly/e2zddw.

São estes os destaques da edição:
  • WRC: Bernardo Sousa no Rali de Portugal em Ford Fiesta
  • LMP2: Duarte Félix da Costa e Lourenço Beirão da Veiga em testes
  • Supersport: Parkalgar Honda em testes no Algarve e em Aragon
  • Fórmula 1: Apresentações e testes de Valência marcam o início da pré-época de 2011
Espero que gostem!

Robert Kubica sofre grave acidente em rali

Kubica com várias fraturas no braço e na perna - O piloto de Fórmula 1 Robert Kubica ficou ferido com gravidade num Rali Ronde di Andorra, que disputou em Itália. O polaco despistou-se a alta velocidade e embateu no muro de uma igreja, podendo perder a mobilidade de uma mão. Uma possibilidade mais radical também já avançada pela imprensa estrangeira é que o piloto da Lotus Renault GP possa mesmo perder a mão direita.
De acordo com o que a La Gazzetta dello Sport publicou na sua página on-line , o piloto polaco conduzia um Skoda Fabia, quando no início da prova saiu da estrada e colidiu violentamente com o muro de uma igreja. O despiste aconteceu aos 4,6 kms da prova e Kubica contraiu múltiplas fracturas, que fazem recear pela possibilidade de uma recuperação total. Ainda de acordo com a publicação transalpina, o seu co-piloto saiu ileso do acidente, mas a prova foi suspensa.

Kubica foi transportado de helicóptero para o hospital Santa Corona de Génova, tendo-se mantido sempre consciente. O polaco tem fracturas num braço e num pulso e os médicos não estavam seguros de que pudesse recuperar completamente a mobilidade de uma mão. De acordo com um porta-voz da Renault, citado pela AFP, o piloto estava também muito queixoso da perna esquerda. Este já não é o primeiro acidente de Robert Kubica num rali, na sequência do qual lhe foi implementada uma placa de titânio no seu braço esquerdo.
Com o Mundial de Fórmula 1 a começar já no dia 13 de Março, é de duvidar que Robert Kubica participe pelo menos nas primeiras provas do ano, já tendo sido avançada pela imprensa em geral a possibilidade de Bruno Senna ou Nick Heidfeld substituírem o polaco.

03/02/11

Robert Kubica lidera terceiro dia de testes

ImageShack, share photos, pictures, free image hosting, free video hosting, image hosting, video hosting, photo image hosting site, video hosting siteRobert Kubica foi o mais rápido do terceiro e último dia dos primeiros testes de Fórmula 1 em 2011, realizados em Valência. O polaco, ao volante do inovador Lotus Renault GP R31 com escapes à frente, estabeleceu também a melhor marca destes testes.

O dia estava a meio antes da equipa fazer algumas séries boas de voltas, mas quando a correr, Kubica entrou rapidamente no ritmo. O polaco foi o terceiro piloto a fazer voltas na casa do 1m13s, e mais tarde fez a melhor volta de todas, em 1m13.144s, quando faltava uma hora para o final.

Antes de estabelecer a melhor marca, Kubica fez tempos no 1m13s por três vezes, e em todas as três vezes o tempo foi efectuado na primeira volta de uma série de três. Uma série de voltas mais longas feita pela Lotus Renault GP na última hora, na qual o ritmo de Kubica desceu por instantes do 1m16s médio para o 1m17s alto - com uma queda bruca após 18 voltas.

Adrian Sutil foi o piloto que hoje efectuou mais voltas (117), continuando a boa performance do Force India, ainda de 2010, com o segundo posto. O alemão fez voltas na casa do 1m14s na sua primeira série do dia, e baixou para para o 1m13.2s numa série de três voltas ainda feita cedo. Esse tempo ficou imbatível até à tarde.

Durante várias séries curtas de voltas feitas de manhã, Sutil repetiu tempos na casa do 1m14s, e depois do almoço, fazendo séries mais longas, de 10 e 15 voltas, o alemão baixou o seu tempo para a casa do 1m19s, no qual gastou a maior parte da tarde.

À semelhança de Kubica, Jenson Button também demorou algum tempo para apanhar o ritmo. Ainda a pilotar o McLaren de 2010, o britânico focou-se principalmente nos pneus e nas temperaturas baixas no início do dia,  não havendo muito para a equipa fazer. O melhor tempo de Button, 1m13.553s, foi efectuada numa série mais curta de voltas, sendo por isso. Séries mais longas seguiram-se, com o piloto da McLaren a rodar consistentemente na casa do 1m16s.

Depois de estar limitado apenas dez voltas por uma falha num cilindro principal no dia de ontem, Mark Webber ansiava começar a trabalhar esta manhã. Uma série de sete voltas feita na casa do 1m15s / 1m16s, ainda cedo, indicou um ritmo promissor, que foi realçado com uma série particularmente impressionante de 20 voltas perto da hora de almoço, durante a qual o australiano rodou entre os 1m16s médios e os 1m15s baixos, conforme o combustível ia diminuindo.

Os melhores tempos do dia feitos por Webber vieram na primeira de cinco séries de sete voltas cada, sugerindo que há muito mais ritmo para vir do RB7 do que a melhor marca feita por Webber, de 1m13.936s.

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Os planos da Ferrari foram atrasados por uma fuga de óleo no F150, depois de Massa ter feito apenas 12 voltas, O brasileiro apenas regressou nas últimas duas horas e, primeiramente, os seus melhores tempos - 1m14.5s - foram feitos no início de séries de 12 voltas. O brasileiro acabou o dia com duas marcas no 1m14.0s em séries de três voltas. Assim, Massa terminou o dia em quinto.

A Virgin efectuou várias séries de 12 voltas no dia de hoje, com Timo Glock a fazer maior parte das marcas na casa do 1m17s, antes de passar ao 1m14s numa série única feita já tarde. O alemão terminou o dia na sexta posição.

Pastor Maldonado e a Williams contrariaram a tendência e começaram o dia com séries longas - o venezuelano fez consistentemente voltas na casa do 1m16s durante estas séries iniciais, estando bem comparado com os que o seguiram mais tarde. Maldonado passou a fazer séries mais curtas à tarde, passando gradualmente a fazer voltas na casa do 1m14s. As grandes variações dos tempos sugerem que a Williams esteve ainda a trabalhar mais na análise pneus/séries de voltas.
O melhor tempo feito por Maldonado, 1m14.299s, permitiu-o subir ao sétimo posto próximo do final do dia, quando a Williams a reverter duas séries longas para o fim do dia.

Sergio Perez foi o oitavo do dia, num Sauber. O mexicano ficou parado depois de apenas nove voltas, por ter que substituir a sua caixa de velocidades. Quando regressou à pista, Perez fez duas séries longas no final da manhã, com tempos na casa do 1m15s, antes de fazer uma marca no 1m14.4s numa série mais curta feita mais tarde.

Michael Schumacher fez séries curtas durante a manhã, com as melhores marcas a ficarem entre o 1m14s alto e médio. Seguiram-se séries longas à tarde com a melhor - de 20 voltas - a ter uma média de tempos na casa do 1m16s, caindo ocasionalmente para o 1m15s.

Sébastien Buemi passou maior parte do dia a fazer séries de cinco voltas, e progrediu do 1m17s para o 1m15s. O suíço fez a sua melhor volta em 1m14.8s, para acabar em 10º.

O HRT de Narain Karthikeyan ficou no último lugarm a 1.7s de Buemi. A equipa nunca tentou fazer séries mais longas do que cinco voltas e o indiano fez a maioria das voltas na casa do 1m17s, antes de fazer voltas no 1m16s em séries de duas e três voltas, durante a tarde.

O progresso da Lotus ficou hoje dificultada devido ao problema com a direcção assistida sofrido ontem. A equipa esperava que as peças de substituição chegassem a Valência a tempo, vindas da sua base do Reino Unido. Contudo, as peças não chegaram a tempo, e Jarno Trulli teve que efectuar 38 voltas de instalação, verificação de sistema e testes de aerodinâmica, não estabelecendo nenhuma marca no dia de hoje.

Eis a lista de tempos do dia de hoje:

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Esta é a lista dos melhores tempos de cada piloto (três dias de testes "misturados"):

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02/02/11

Fernando Alonso é o mais rápido no 2º dia de testes

Testes Pré-Temporada em ValênciaFernando Alonso, da Ferrari, foi o mais rápido do segundo dia de testes de Fórmula 1 em Valência, esta quarta-feira [2/02/2011].

O espanhol, que ontem foi o quinto mais rápido, estabeleceu a melhor marca de hoje em 1m13.307s cerca das 13h00, tempo que não foi batido até ao fim do dia, o que é positivo para a equipa italiana. Alonso fez mais de 100 voltas. O seu colega de equipa, Felipe Massa, irá passar para o volante amanhã, o último dia de testes.

Sebastian Vettel, o mais rápido de ontem, foi o segundo de hoje, completando 43 voltas com o novo Red Bull RB7. Hoje o alemão partilhou o carro com o seu colega de equipa, Mark Webber, que "experimentou" pela primeira vez o novo Red Bull à tarde. O australiano fez 16 voltas, sendo o 14º mais rápido do dia.
Paul di Resta, da Force India, foi o terceiro mais rápido, continuando a fazer testes positivos aos comandos do Force India do ano passado. Lewis Hamilton, no McLaren ainda provisório, e Robert Kubica, em Lotus Renault GP, fecharam os cinco primeiros.

Nico Rosberg foi sexto. O alemão teve um dia mais produtivo do que ontem no novo Mercedes.

Heikki Kovalainen estreou o novo Lotus T128, mas o finlandês teve o dia encurtado devido a um problema com a direcção assistida. Kovalainen fez apenas 15 voltas, sendo o último da tabela de tempos, sendo porém encorajado com a manobrabilidade do carro. "Comparado com o sentimento do último ano em Jerez, é totalmente diferente," disse. "No último ano após Jerez eu sabia que túnhamos um pouco de trabalho para fazer em todas as áreas, mas todo o conceito se nota bem."
A Lotus irá mandar a direcção assistida de volta para a fábrica de noite, para continuar a testar amanhã.

A bandeira vermelha foi mostrada por quatro vezes hoje. A primeira situação ocorreu quando a sessão levava cerca de uma hora, com Rubens Barrichello a parar em pista. Um pião protagonizado por di Resta às 10h30 foi a segunda situação, com a terceira a envolver Rosberg, que parou com um problema cerca das 14h00. A última situação de bandeiras vermelhas do dia foi causada por Sébastien Buemi, quando o seu Toro Rosso parou na pista já perto do final da sessão.

Eis os tempos deste segundo dia de testes:

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01/02/11

As novas asas traseiras dos F1 em funcionamento

As novas asas traseiras ainda hoje foram estreadas em pista, mas já há semanas que provocaram opiniões muito distintas. Enquanto uns pensam que as novas asas traseiras ajustáveis irão contribuir muito para o espectáculo, outros acham que a inovação beneficiará, de forma desleal, os pilotos perseguidores. Só na primeira corrida é que se saberá quem tem razão, o que ocorrerá apenas a 13 de Março no Bahrain.

Por agora, o que já se pode ver é como funciona o sistema. De acordo com os regulamentos da FIA, a asa traseira pode ser ajustada em 50 mm, através de um simples botão no volante dos Fórmula 1. Em curva, os pilotos mantêm a asa o mais 'fechada' possível, 'abrindo-a' nas rectas. Com o accionar dos travões, a asa volta ao seu 'estado' normal, o que poderá também acontecer com a desactivação do sistema por parte do piloto, caso rode a menos de um segundo do piloto da frente. Tudo isto irá ser controlado pela FIA. Uma luz no volante informará o piloto se pode fazer uso do sistema (luz verde) ou não (luz vermelha).

Na partida, e durante as duas primeiras voltas, nenhum piloto poderá utilizar o sistema. Aí, existe o KERS, que regressa este ano aos monolugares de F1. Em qualificação, não haverá restrições ao uso do sistema. 
Segue-se um vídeo da asa traseira do Sauber C30, que dá para ver o sistema em funcionamento.

Álvaro Parente anunciará futuro brevemente


Com Ricardo Teixeira perto de garantir a vaga de piloto de reserva no Team Lotus, Álvaro Parente fica com menos uma possibilidade para o futuro. O piloto português não conseguiu novamente reunir os apoios suficientes para avançar com o projecto. Parente afirmou que  "Efectivamente, existiram negociações para ser piloto de reserva da Lotus e correr no Team Air Asia, na GP2, mas a verdade é que não houve 'budget' e por isso não foi para a frente. Estava previsto testar em Abu Dhabi, no teste dos 'rookies', mas tudo ficou sem efeito, mais uma vez. Quanto ao Ricardo, parabéns para ele!".
Álvaro Parente referiu ainda que o seu futuro deverá ficar definido brevemente: "O meu objectivo passa por me ligar a uma marca e no máximo dentro de duas semanas tudo estará definido. Tive outras propostas, inclusivamente da GP2 Series, embora aí o problema seja sempre o mesmo, pois há que levar dinheiro. Havia outra possibilidade, de fórmulas, mas esse é um caminho que não vamos optar, pois estou determinado a ligar-me a uma marca.", disse Parente.
Assim sendo, poderão haver desenvolvimentos quanto ao futuro do Álvaro Parente nas próximas semanas.