25/03/12

Fórmula 1, GP Malásia: Fernando Alonso triunfa em corrida marcante para Sergio Perez

Fórmula 1, GP Malásia: Fernando Alonso triunfa em corrida marcante para Sergio Perez

Fernando Alonso triunfou surpreendentemente no GP da Malásia de Fórmula 1. O espanhol segurou o extraordinário Sergio Perez.

Esta corrida certamente é uma das que irá marcar esta época, com condições meteorológicas em mudanças, um longo período de bandeiras vermelhas e uma fantástica luta pelo comando entre dois pilotos inesperados.

Com esta vitória, Alonso subiu à liderança do campeonato apesar do início de época difícil para a equipa de Maranello. Mas foi um erro de Perez próximo do fim que impediu o mexicano de passer o bi-campeão mundial para uma das vitórias mais surpreendentes de sempre para a Sauber.

Lewis Hamilton encerrou o pódio. O seu colega de equipa na McLaren, Jenson Button, ficou for a dos pontos em virtude da corrida desastrosa. Sebastian Vettel também não conseguiu terminar nos pontos após um incidente com Narain Karthikeyan que resultou no furo do pneu traseiro esquerdo do Red Bull do alemão. Já o outro Red Bull, de Mark Webber, foi o quarto. Kimi Raikkonen (Lotus) alcançou a quinta posição, à frente do também surpreendente Bruno Senna, em Williams.

Mas revendo a prova: no início, os McLaren mantiveram as suas posições na primeira curva, enquanto Romain Grosjean e Michael Schumacher ficaram na luta pelo terceiro posto antes de colidirem e ambos entrarem um pião. O incidente entre essa dupla permitiu aos Red Bull de Webber e Vettel subirem a terceiro e quarto, à frente de Alonso. Pouco depois, Grosjean teve uma nova situação, indo parar à gravilha com o seu Lotus sendo forçado a desistir, na terceira volta.

Com a chuva já a aumentar de intensidade, a Sauber apostou num golpe de mestre: colocou os pneus para piso muito molhado no carro de Perez – uma escolha que todos teriam seguido nas voltas seguintes com o circuito a ficar cada vez mais alagado.

Pela quarta volta, Perez estava a fazer voltas três segundos mais rápidas do que as dos líderes, e o ritmo justificava que todos mudassem para pneus de chuva forte. Assim, o Sauber subiu a terceiro, atrás dos dois McLaren. Webber, Alonso e Vettel também subiram, com o Ferrari a divider os dois Red Bull por ter trocado de pneus uma volta mais cedo do que Vettel.

A tempestade intensificou-se, levando primeiro à intervenção do safety car e, depois, à amostragem de bandeiras vermelhas. A corrida ficou interrompida pouco menos de uma hora. Nesta altura estavam a ser particularmente impressionantes os desempenhos de Jean-Eric Vergne (Toro Rosso) que era sétimo por se ter mantido com os pneus intermédios, e de Narain Karthikeyan – décimo com um HRT, por ter iniciado a prova com os pneus para chuva forte.

O controlo da corrida ordenou que todos recomeçassem a prova com pneus para chuva forte. O reinício deu-se com quarto voltas atrás do safety car, e nessa alutra a pista já estava boa para os pneus intermédios.

Button parou nas boxes logo que a prova recomeçou. Isso permitiu ao ingles passer para a frente de Hamilton, que também perdeu para Alonso com uma paragem lenta. Mas a corrida de Button iria ficar arruinada depois de um incidente com Karthikeyan que forçou o britânico regressar às boxes para montar uma asa frontal nova.

Perez ficou na pista mais uma volta do que Alonso e Hamilton, regressando à pista na frente deles – apesar de Alonso ter passado imediatamente o mexicano.

Alonso começou a distanciar-se, estabelecendo uma vantage de cerca de sete segundos sobre Perez. O piloto da Sauber, por seu turno, também se distanciava do resto do pelotão.

Com a pista a secar para o ultimo terço da prova, Perez pressionou Alonso, cujos pneus estavam a desgastar-se rapidamente. Antes do Sauber poder atacar, Alonso parou para montar pneus para piso seco, reabrindo uma vantagem de cinco segundos por parar uma volta mais cedo do que o seu adversário.

Mas na pista seca, o Sauber foi mais rápido do que o Ferrari e começou a recuperar um segundo ou mais por volta à vantagem de Alonso, estando os dois carros praticamente colados a sete voltas do final. Houve nesta altura uma mensagem via rádio da Sauber para Sergio Perez, no sentido de não arriscar para manter o segundo posto.

Depois, Perez errou e saiu largo na curva de entrada na recta antecedente da recta da meta – o mexicano perdeu cinco segundos. Contudo, o piloto da Sauber voltou de imediato à carga, mas não teve voltas suficientes ou vantagem suficiente no ritmo para tentar alcançar uma vitória memorável.

Hamilton não teve ritmo para apanhar o duo da frente, nem em condições de piso seco, nem em condições de piso molhado. O britânico terminou em terceiro. Vettel parecia ter o quarto posto assegurado até um incidente com o HRT de Karthikeyan nas últimas voltas causar um furo no pneu traseiro esquerdo do Red Bull. O actual campeão mundial caiu para 11º, e Webber foi “promovido” ao quarto lugar.

Em quinto ficou Raikkonen, em Lotus-Renault, que prosseguiu na sua forte forma no regresso à F1.

Senna conseguiu recuperar depois de ter estado bastante atrasado, alcançando o melhor resultado da sua carreira – sexto.
Ambos os Force India terminaram nos pontos: Paul di Resta foi sétimo e Nico Hulkenberg nono. Entre os dois carros indianos ficou o Toro Rosso de Vergne, que também teve uma boa prova.

O fim-de-semana da Mercedes voltou a ficar estragado na corrida. Schumacher só conseguiu recuperar para décimo depois do incidente da primeira volta. Quanto a Nico Rosberg, uma paragem nas boxes a mais relegou-o para 14º, atrás do atrasado Button – que durante a recuperação teve dificuldades com os pneus que o forçaram a uma paragem adicional.

Maldonado estava bem encaminhado para ficar com o último ponto e estava a perseguir Vergne e Hulkenberg. Mas um problema de motor na penúltima volta forçaram o venezuelano a abandonar.

Ao contrário do seu colega de equipa Fernando Alonso, o outro piloto da Ferrari, Felipe Massa, foi só 15º. O brasileiro teve mais um mau desempenho no segundo Ferrari.

Escolhas Motor Racing News:

Fórmula 1, GP Malásia: Fernando Alonso triunfa em corrida marcante para Sergio Perez

  • O melhor: A nota de melhor neste GP da Malásia vai, sem dúvida nenhuma, para Sergio Perez. Quem diria, antes da corrida, que o mexicano estaria a lutar pela vitória? Em termos de pneus, o mexicano fez as escolhas certas nos momentos certos (à excepção, talvez, da mudança de intermédios para slicks). Além disso, “Checo” Perez ainda mostrou um ritmo fortíssimo, superior ao (favorito) McLaren, de Lewis Hamilton, e ao Ferrari de Fernando Alonso. Uma ordem de equipa para salvaguardar o segundo posto e um erro nas últimas voltas arredaram Perez da vitória. Mas uma coisa ficou provada: em condições normais na evolução da sua carreira, Sergio Perez será um piloto vencedor, talvez mesmo campeão mundial. Sergio Perez foi segundo mas é o grande vencedor do fim-de-semana
  • Também como melhor, a chuva e a meteorologia, que trouxeram especial emoção e surpresa à prova.

  • O pior: O que terá sido o pior do fim-de-semana? Felipe Massa, que teve mais um fim-de-semana para esquecer? Romain Grosjean que continua a cometer erros inadmissíveis em corrida? A Mercedes que faz óptimas qualificações e se “eclipsa” nas corridas? Ou Narain Karthikeyan, que prejudicou Jenson Button numa luta que não fazia sentido dada a diferença entre o fraco HRT do indiano e o McLaren do britânico? Deixo ao critério do leitor escolher, porque realmente não consigo destacar nenhuma destas coisas.
  • As surpresas: Como já falei de Sergio Perez na escolha do “melhor”, na surpresa falo de Fernando Alonso e de Bruno Senna. O espanhol esteve muito bem na prova para “oferecer” uma vitória inesperada à Ferrari neste início de época difícil da Scuderia italiana. Já o sobrinho de Ayrton Senna fez uma óptima recuperação para um surpreendente sexto lugar final com o seu Williams.
  • A desilusão: Já não falo de Felipe Massa como desilusão. A desilusão, para mim, começa a ser a Red Bull. Onde anda a equipa de 2010 e de 2011? A equipa austríaca esteve novamente menos bem na qualificação, e na corrida o quarto lugar de Mark Webber vem salvar uma prova à qual quer o australiano, quer o seu colega de equipa (Sebastian Vettel) pouco acrescentaram.


Resultados do GP da Malásia de 2012 em F1:

Resultados GP Malásia F1 2012




São estas as classificações dos Mundiais de Pilotos e de Construtores após a duas rondas:

Resultados GP Malásia F1 2012

fonte (texto e resultados/classificações:( Autosport (britânica)

imagens: Sauber Motorsport AG



Pausa de três semanas na Fórmula 1. O regresso é agora no dia 13 de Abril com os treinos livres para o GP da China, que culminará com a corrida no dia 15 do próximo mês. Ficam desde já os horários das transmissões:

  • 1ª Sessão de Treinos Livres: madrugada de 12 para 13 de Abril às 03h00 – Sport TV1
  • 2ª Sessão de Treinos Livres: dia 13 de Abril/Sexta-Feira a partir das 07h00 – Sport TV1
  • 3ª Sessão de Treinos Livres: madrugada de 13 para 14 de Abril pelas 04h00 – Sport TV1
  • Qualificação: dia 24 de Março/Sábado às 08h00 – Sport TV1
  • Corrida: dia 15 de Abril/Domingo às 08hh00 – Sport TV1

18/03/12

Fórmula 1, GP Austrália: Jenson Button entra a vencer em 2012

Fórmula 1, GP Austrália: Jenson Button entra a vencer em 2012

Jenson Button (McLaren) entrou com o pé direito no Mundial de Fórmula 1 de 2012, ao vencer sem contestação o GP da Austrália, em Melbourne.

Em segundo lugar ficou o actual campeão Sebastian Vettel, que na qualificação não tinha ido além do sexto lugar com o seu Red Bull- Em terceiro ficou o outro McLaren, de Lewis Hamilton, sendo seguido pelo segundo Red Bull, de Mark Webber).
Depois da qualificação negativa, Fernando Alonso conseguiu um quinto lugar, mostrando-se muito mais competitivo em corrida.

Button subiu ao comando logo na partida, superando o seu colega de equipa, que partira da pole. Jenson Button foi-se logo embora, construindo uma vantagem de três segundos que não alterou muito na primeira série de voltas.

Os dois Mercedes subiram aos terceiro e quarto lugares inicialmente. Contudo, Vettel ultrapassou Nico Rosberg na segunda volta, e Michael Schumacher só manteve o terceiro posto até à 10ª volta, quando abandonou com um problema de caixa de velocidades. Assim, Vettel estava em terceiro à 10ª volta, mas a 12 segundos dos McLaren, podendo fazer pouco para recuperar.

Romain Grosjean, que se qualificou em terceiro com o seu Lotus, caiu para sexto na partida, e abandonou muito cedo em resultado de um incidente com Pastor Maldonado à segunda volta.

A diferença entre os McLaren aumentou para 10 segundos após as primeiras paragens, quando Hamilton saiu atrás do Lotus de Kimi Raikkonen e do piloto da Sauber, Sergio Perez. Esses dois pilotos alargaram bastante a sua primeira série de voltas.

Esta situação resultou num grupo a perseguir o segundo lugar, com Vettel a levar a melhor levando consigo Alonso – que fez uma grande partida e passou para a frente de Rosberg nas primeiras paragens. Rosberg, Webber e Maldonado também permaneceram próximos. Webber tinha caído na classificação ao fazer uma má partida e ao envolver-se com Nico Hulkenberg (Force India) na primeira curva da prova (como resultado do incidente, Hulkenberg teve que abandonar).

A ordem manteve-se até que o Caterham de Vitaly Petrov parou na recta da meta com um problema de direcção, forçando a entrada do safety car na última série de paragens nas boxes.

Os McLaren já tinham parado, ao contrário de Vettel, que levou o seu Red Bull a trocar de pneus logo após a entrada do safety car, colocando-se entre Button e Hamilton.

Vettel continuous a não ser uma ameaça para Button, que escapou do seu adversário no reinício, deixando o Red Bull e o seu colega de equipa – Lewis Hamilton – para trás.

Webber também tirou partido de parar durante a intervenção do safety car, ganhando posição a Alonso. O piloto da Ferrari não conseguiu ficar a ameaçar o Red Bull, e isso permitiu a Webber perseguir Vettel e Hamilton, enquanto Alonso se concentrava em defender de Maldonado. Apesar de tudo, o venezuelano deitou tudo a perder na última volta, ao ter um acidente, sozinho, com o seu Williams.

Mais atrás havia uma grande luta entre os Sauber (de Perez, que só parou uma vez, e de Kamui Kobayashi), Rosberg (que sentiu o desgaste dos pneus e fez paragens muito cedo) e Raikkonen. A batalha só terminou após a última curva da prova, com Kobayashi a ser sexto à frente de Raikkonen e Perez, com Rosberg a cair para 12º.

Daniel Ricciardo aproveitou o caos à sua frente na última volta e somou os seus primeiros pontos na F1 com o nono lugar, apesar de ter perdido na primeira curva da prova para Bruno Senna, em Williams (o brasileiro também se desentendeu com o outro piloto da Toro Rosso, Jean-Eric Vergne). Paul di Resta fechou os lugares pontuáveis com o 10º posto no seu Force India.

Desilusão entre os pilotos foi Felipe Massa, que esteve só por breves momentos nos dez primeiros com o seu Ferrari. O brasileiro esteve a braços com o mau ritmo e o desgaste dos pneus, fazendo três paragens, caindo até 13º. Massa acabaria por abandonar devido a um estrago resultante de uma colisão com Senna.



Escolhas Motor Racing News:

  • O melhor: A McLaren. A equipa britânica deu uma prova da grande melhoria do seu carro face a 2011, facto que se comprova pelo monopólio da primeira linha da grelha de partida (já desde o GP de Itália de 2010 que a Red Bull não tinha nenhum carro a partir da linha da frente), e pelo domínio de Jenson Button na corrida.
  • O pior: Felipe Massa tem que levar o destaque negativo do fim-de-semana. O piloto brasileiro da Ferrari teve uma má qualificação e na corrida esteve a braços com vários problemas de pneus. Acabou por abandonar em resultado de um acidente com o compatriota Bruno Senna.
  • Jean-Eric Vergne

  • As surpresas: Jean-Eric Vergne e a sua equipa (Toro Rosso) merecem destaque por se revelarem uma agradável surpresa. O estreante francês falhou por pouco o seu primeiro ponto na corrida de estreia, tendo protagonizado uma boa corrida e uma boa qualificação.
    Também a Toro Rosso, no geral, merece destaque pela positiva, ao revelar-se capaz de lutar pelos pontos neste primeiro GP.
    Destaque também para a Sauber, que conseguiu colocar os seus dois carros nos pontos – algo que não acontecia desde o GP da Espanha do ano passado.
  • A desilusão: Depois de prometer muito na pré-época, a Lotus-Renault acabou por estar pior do que se podia pensar. Romain Grosjean começou bem o fim-de-semana alcançando um terceiro lugar na qualificação. Contudo, o francês abandonou cedo a corrida depois de um acidente com Pastor Maldonado, perdendo a hipótese de fazer uma boa prova.
    Kimi Raikkonen, por seu turno, ficou-se pela 1ª fase de qualificação em virtude de uma saída de pista, o que comprometeu logo a sua corrida. Ainda assim, o finlandês conseguiu “salvar a honra do convento” com o sétimo posto. Quem sabe o que poderia ter feito a partir para a corrida de um lugar melhor…




Resultados do GP da Austrália em F1:

Resultados GP Austrália F1 2012




São estas as classificações dos Mundiais de Pilotos e de Construtores após a primeira prova da época:

Resultados GP Austrália F1 2012

fonte (texto e resultados/classificações) : Autosport (britânica)

fonte (1ª imagem) : www.f1-pics-com

fonte (2ª imagem) : Red Bulls Media Pictures/GEPA




A Fórmula 1 regressa à acção já no próximo fim-de-semana, com o GP da Malásia. Aí vai ter já a companhia das GP2 Series. Fique a par dos horários das transmissões directas do GP da Malásia na Sport TV:

  • 1ª Sessão de Treinos Livres: madrugada de 22 para 23 de Março às 02h00 – Sport TV1
  • 2ª Sessão de Treinos Livres: dia 23 de Março/Sexta-Feira a partir das 06h00 – Sport TV1
  • 3ª Sessão de Treinos Livres: madrugada de 23 para 24 de Março pelas 05h00 – Sport TV1
  • Qualificação: dia 24 de Março/Sábado às 08h00 – Sport TV1
  • Corrida: dia 25 de Março/Domingo às 09hh00 – Sport TV2 (antevisão no mesmo canal a partir das 08h00 do mesmo dia)

03/03/12

Entrevista a Sébastien Buemi - "Ser piloto de reserva da melhor equipa é uma oportunidade muito boa para mostrar o que posso fazer"

Entrevista a Sébastien Buemi - "Ser piloto de reserva da melhor equipa é uma oportunidade muito boa para mostrar o que posso fazer"

Olá! Hoje [03-03-2012] publico a entrevista com Sébastien Buemi, o terceiro piloto da Red Bull na Fórmula 1, e um dos pilotos da Toyota para as 24 Horas de Le Mans de 2012.

Apesar da sua tenra idade (23 anos), o jovem suíço Sébastien Buemi tem já uma carreira bem preenchida nos monolugares. Estreou-se em 2004, na Fórmula BMW ADAC. Nesse campeonato foi terceiro no ano de estreia (com duas vitórias, duas voltas mais rápidas e 10 pódios), seguindo-se o vice-campeonato em 2005 (sete vitórias, sete pole positions, 12 voltas mais rápidas e 16 pódios). Também em 2005, Buemi foi o segundo na Final Mundial de Fórmula BMW, fazendo ainda uma corrida na Fórmula 3 Espanhola.

Em 2006, o suíço alcançou uma vitória e três pódios na Fórmula 3 Euroseries para ser o 12º no final, foi o terceiro na Masters of Formula 3, foi sétimo na Fórmula Renault 2.0 NEC (com duas vitórias, uma pole position, uma volta mais rápida e seis pódios), na Fórmula Renault 2.0 Eurocup classificou-se em 11º com um triunfo. O ano de 2006 de Sébastien Buemi ainda teve o quarto lugar no prestigiado Grande Prémio de Macau.

Na época de 2006-2007 da A1GP, Buemi representou o seu país – a Team Switzerland – e foi oitavo, conseguindo uma volta mais rápida. Em 2007, Buemi foi vice-campeão das F3 Euroseries (três vitórias, duas pole positions, quatro voltas mais rápidas e 13 pódios), participou nas GP2 Series alcançando três voltas mais rápidas, e voltou ao GP de Macau, mas foi somente 11º.

Em 2008, Sébastien Buemi foi segundo nas GP2 Asia Series (uma vitória e uma volta mais rápida, além de cinco pódios no total) e foi sexto nas GP2 Series (duas vitórias e cinco pódios). Nesse ano, Buemi tornou-se também piloto de reserva da equipa de Fórmula 1 da Red Bull.

Entre 2009 e 2011, o jovem suíço foi um dos pilotos da Scuderia Toro Rosso na Fórmula 1, conseguindo dois 16º lugares e um 15º como classificações finais. O seu melhor resultado na F1 foram dois sétimos lugares, em 2008.

Como foi dito no início da apresentação, Sébastien Buemi é agora piloto de reserva da Red Bull na F1, e piloto da Toyota para as 24 Horas de Le Mans.


Eis a entrevista:




1 – Como começou a sua paixão pelas corridas de carros?

Eu recebi um karting dado pelo meu pai quando tinha 4 anos e aí comecei a correr.



2 – É da Suíça, um país no qual os desportos motorizados em circuitos são proibidos. Quão difícil foi evoluir como piloto nos primeiros anos?

Inicialmente foi um pouco mais difícil porque haviam muito poucos circuitos de karting na Suíça. Mas quando eu tinha 12 anos comecei a correr fora da Suíça e tornou-se muito mais fácil.



3 – Qual foi o melhor momento na sua carreira até agora? Porquê?

Há vários grandes momentos numa carreira mas se tivesse que escolher um, diria a minha primeira corrida de F1 na Austrália, onde acabei em 7º e somei dois pontos.



4 – Qual foi o pior momento na sua carreira até agora? Porquê?

É difícil de dizer, penso que foi quando estava em 7º no ano passado na Índia e tive uma falha de motor.



5 – Quem é o piloto que gosta mais como adversário? Porquê?

Há muitos bons pilotos por aqui, mas eu adorei correr contra o Michael Schumacher. Ele é o piloto mais experiente e ganhou mais na História da Fórmula 1.



6 – Quais foram as razões da sua saída do papel de piloto titular na Toro Rosso?

Para mim foi a hipótese de me tornar o 3º piloto na Redbull, que está a ganhar. Depois de 3 anos na Toro Rosso aprendi muito e tornou-se claro que o meu período de aprendizagem tinha terminado. Eu alcancei alguns bons resultados com a equipa e era tempo de avançar.


7 – Acredita num regresso à F1 como piloto titular no future próximo?

Ser piloto de reserva da melhor equipa é uma oportunidade muito boa para mostrar o que posso fazer, e estou seguro de que eu irei estar de volta à grelha muito brevemente.



8 – Jaime Alguersuari foi o seu colega de equipa na maior parte nos seus três anos na Toro Rosso. Como foi a relação com o Jaime? Qual é a sua opinião sobre ele, como piloto e como pessoa?

Eu conheço o Jaime desde os meus anos no karting e avalio-o como um piloto muito talentoso e competitivo! Nós aprendemos muito juntos e eu sempre tive uma boa relação com ele ao longo dos 3 últimos anos.




Entrevista a Sébastien Buemi

9 – Agora também é piloto da Toyota para as 24 Horas de Le Mans. Qual é a sua opinião sobre a equipa?

Primeiro que tudo, estou muito orgulhoso de fazer parte do programa da Toyota para Le Mans. A Toyota tem uma experiência muito grande da F1 e estou seguro de que eles me irão dar um carro competitivo num futuro muito próximo. Eles têm também óptimas infraestruturas e estou certo de que estas coisas todas juntas irão trazer sucesso.

10 – Quais são as suas expectativas acerca do projecto da Toyota? Acredita numa vitória, ou num pódio, em Le Mans?

Este é o ano do regresso a Le Mans para a Toyota, irá ser muito difícil vencer, mas nunca se sabe. Iremos trabalhar no duro para atingir o nosso objectivo, que é vencer a corrida no future próximo.



11 – Concluindo, pode “enviar” uma mensagem aos seus fãs?

Obrigado a todos os meus fãs que me seguem desde há muitos anos e espero que muitos se sigam.



imagens gentilmente cedidas por Sébastien Buemi