05/10/11

Entrevista a Stéphane Richelmi: "gostaria de continuar nos monolugares de certeza, por isso, ficar na [Fórmula Renault] WS [3.5] ou subir para as GP2


Olá! Esta entrevista é ao piloto monegasco Stéphane Richelmi.
Richelmi estreou-se nos monolugares em 2006, sendo 12º na Fórmula Renault 1.6 Belga.
No ano seguinte, Richelmi competiu na Eurocup de Fórmula Renault 2.0 e foi 46º, entrando também nesse ano em duas corridas da Fórmula Renault 2.0 Italiana.

Em 2008, o piloto monegasco voltou a fazer a Eurocup de Fórmula Renault 2.0, entrando também em sete provas da Fórmula Renault 2.0 WEC e em seis corridas das Fórmula 3 Euroseries.
Em 2009, Stéphane Richelmi alcançou os seus primeiros pódios nos monolugares. Na Fórmula 3 Italiana, o piloto do Mónaco alcançou três pódios e foi o sexto classificado final. Richelmi competiu ainda na Fórmula 3 Britânica e no Campeonato Francês FFSA, onde em duas corridas marcou uma pole position,venceu uma e fez um pódio.

Em 2010, Richelmi conseguiu o seu resultado final num campeonato, sendo segundo na Fórmula 3 Italiana, com quatro vitórias e outros quatro pódios em 16 corridas.

Este ano, o jovem piloto monegasco participou na Fórmula Renault 3.5 e correu na ronda de Monza das GP2 Series.


Eis a entrevista:

1 – Como começou a sua paixão pelos carros de corridas?
Eu não me lembro ao certo, era muito novo! Eu fiquei interessado em ralis pelo meu pai e via o Grande Prémio de F1 em casa desde que tinha 6-7 anos. E eu via carros desportivos que podemos encontrar no Mónaco! Mas nunca imaginei que iria começar uma carreira antes do meu pai mo sugerir quando tinha 12 anos…

2 – Qual foi o melhor momento da sua carreira até agora? Porquê?
A minha primeira pole nos monolugares, no ano passado na Fórmula 3 Italiana, porque eu estava um pouco zangado com a estratégia escolhida. Eu não consegui fazer a minha volta mais rápida antes da oitava, o que é muito tarde com pneus novos. Estava certo que não iria estar na pole position…

3 – Qual foi o pior momento da sua carreira até agora? Porquê?
O início da época de 2009 quando estava ainda na F3 Britânica foi um momento realmente frustante e desapontante. Eu comecei a minha carreira em 2006 e depois de duas curtas épocas de aprendizagem eu estava à espera de alguns bons resultados que não chegaram na Fórmula Renault em 2008. Eu sabia que iniciar-me numa nova categoria iria ser complicado, mas depois de duas provas, eu estava sempre em último na classificação da classe A.

4 – Quais são os pilotos que gosta mais de enfrentar nas corridaas? Porquê?
Tenho que admitir que já estou rodeado de grandes pilotos na [Fórmula Renault] World Series 3.5 como [Jean-Eric] Vergne, [Daniel] Ricciardo, [Robert] Wickens. Há também grandes pilotos na GP2 mas o melhor seria correr contra pilotos de Fórmula 1.

5 – A evolução da sua carreira tem sido difícil. As dificuldades são motivadas por problemas financeiros?
Sabes que nos desportos motorizados o piloto não pode controlar tudo e depende da equipa e do carro que ele está a pilotar. Não estou a dizer que só encontrei más equipas mas os meus piores resultados são causados pela inexperiência de algumas equipas com as quais em corri.
Financeiramente falando, nós não gastámos muito dinheiro no karting e mesmo nos monolugares, eu não fiz muitos testes como outros pilotos. Portanto, claro que esta falta de quilometragem teve um papel nos meus maus resultados no início da minha carreira, mas não agora.
E como eu disse, os sentimentos com o carro são muito importantes e actualmente eu penso que o carro da [Fórmula Renault] WS [3.5] não é o melhor para o meu estilo de pilotagem.

6 – Este ano a sua carreira deu finalmente um grande salto. Como foi competir na Fórmula Renault 3.5 e nas GP2 Series?
Nós decidimos participar na [Fórmula Renault] WS [3.5] porque é um campeonato de muito alto nível apenas com equipas profissionais e nos melhores circuitos da Europa. O teste de Inverno correu bem e por isso fiquei confortável para fazer este campeonato. Infelizmente esse não correu bem por algumas razões… A prova de GP2 em Monza foi uma grande oportunidade e gostei bastante desta prova.

7 – Como surgiu a oportunidade de competir nas últimas duas corridas da época de 2011 das GP2 Series com a Trident Racing?
Stefano Coletti teve o seu acidente e por isso não pôde correr em Monza, e graças ao meu manager, Cyrille Sauvage, que apontou os meus bons resultados Na Fórmula 3 Italiana, conseguimos correr com a Trident para a última prova da época.

8 – Pode fazer um sumário/rescaldo da sua participação nas GP2 Series este ano?
Em Monza o carro impressionou-me com a sua eficiência de travagem e com o seu motor poderoso! A detioração dos pneus foi um novo elemento a considerar mas eu estive bem em ambas as corridas sem pilotar o carro antes. Isso torna a corrida mais interessante para os espectadores

9 – Em 2011 o seu campeonato principal foi a Formula Renault 3.5. Que rescaldo faz da sua época neste campeonato? A temporada correu como esperado?
Estou um pouco desapontado com esta época porque eu esperava melhor! O meu primeiro objective era somar pontos em cada corrida e fazer pelo menos um pódio… Infelizmente eu não consegui ter tudo junto num fim-de-semana. Isto é, se eu fazia uma boa Qualificação 1 no sábado, eu fazia uma boa Corrida 2 no Domingo! Por isso eu apenas somei alguns pontos na Corrida 1 de Monza mas parti de 4º… Poderia ter feito melhor mas provoquei dois grandes desgaste [nos pneus] na primeira travagem e como era a primeira corrida não podíamos mudar de pneus. Na última corrida eu estava em nono e quando tentei ultrapassar um piloto que fez a sua paragem, eu dei um pião… d

10 – Já tem planos para 2012? Se sim, o que pode contar ao blog Motor Racing News?
Neste momento eu não sei mesmo! Mas eu gostaria de continuar nos monolugares de certeza, por isso, ficar na [Fórmula Renault] WS [3.5] ou subir para as GP2.

11- Há algo mais que gostaria de dizer acerca da sua carreira?
Eu quero apenas dizer que sou muito sortudo por ter esta hipótese de fazer o que gosto mais! E que aprendi muito e cresci muito fazendo este desporto. Eu irei manter na memória todos os momentos que passei. Eu irei sempre lembrar-me de todas as pessoas que me ajudaram e que confiaram em mim.

12 – Acabando a entrevista: pode “enviar” uma mensagem aos seus fãs?
Sem fãs, não poderíamos fazer nada! Eles são a chave de cada desporto e outros entretenimentos. Por isso pessoal, continuem assim, eu irei dar-vos a maior parte do meu tempo sempre que puder. Muito obrigado.




Pode ler a versão original da entrevista, em Inglês, em http://enmotorracingnews.wordpress.com/2011/10/05/interview-to-stephane-richelmi/

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