Decorreram este fim-de-semana no mítico traçado belga de Spa-Francorchamps as igualmente míticas 24 Horas de Spa. O piloto conimbricense Filipe Albuquerque foi o melhor representante luso, e único que terminou a prova, sendo o quarto classificado, mas também participaram Duarte Félix da Costa, Ricardo Bravo e Lourenço Beirão da Veiga (Team GT3 Portugal) e Álvaro Parente (McLaren MP4-12C GT3).
Quanto a Filipe Albuquerque, a equipa do piloto luso partiu de 43º, mas após 90 minutos de prova já estava em 2º, lugar que perdeu após uma penalização de travessia da via das boxes que o atirou para 20º. Depois, uma perda de 25 minutos numa paragem nas boxes para resolver uma avaria atirou a equipa de Albuquerque para 32º. Perante tal cenário, a recuperação até quarto parecia impossível, tal como referiu o piloto de Coimbra: "Não pensávamos ser possível chegar ao sexto lugar quanto mais a quarto. A realidade é que impusemos um andamento fenomenal. E há medida que as coisas foram acontecendo definimos novas metas. Ainda tentámos o terceiro lugar, seria a cereja no topo do bolo depois de tudo o que aconteceu, mas já foi impossível, sobretudo porque tínhamos um reabastecimento que nos iria dificultar a tarefa. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance".
Apesar das dificuldades não terem permitido "mais" do que o quarto lugar, a estreia de Filipe Albuquerque numa prova de 24 Horas foi positiva, na opinião do próprio piloto: "Não cometi nenhum erro em corrida e foi uma experiência extraordinária. A equipa foi exímia e concedeu-nos um carro para lutar pela vitória. Infelizmente não fomos nós mas foram os nossos companheiros de equipa os vencedores, por isso ficou tudo em 'casa'. Estamos todos de Parabéns".
No Campeonato, Filipe Albuquerque continua em segundo lugar, a duas provas do final.
Team GT3 Portugal mostra-se homogénea e facilmente adaptável
Duarte Félix da Costa foi outro dos pilotos lusos em prova, a correr pela Team GT3 Portugal com os também portugueses Lourenço Beirão da Veiga e Ricardo Bravo e ainda o finlandês Mika Vahamaki. Um grande acidente tirou o trio luso de prova, depois de ter estado dentro dos dez primeiros da geral e terceiro da classe Pro-Am. Ainda assim, "salvam-se" pontos preciosos para a Blancpain Endurance Series, devido às posições ocupadas pela equipa à 6ª e 12ª horas de prova.
Antes do abandono, um furo no pneu esquerdo traseiro do seu Lamborghini Gallardo, nas primeiras horas desta madrugada, forçou uma paragem mais demorada nas boxes, como disse Duarte Félix da Costa: "O Mika Vahamaki teve um furo que acabou por danificar o cubo da roda e obrigou a uma paragem de cerca de 30 minutos para remediar a situação. Quando entrei pista, tentei atacar de forma a recuperar posições, mas tive uma saída de pista mais aparatosa, felizmente sem consequências físicas, mas que ditou o nosso abandono. Foi pena, pois estávamos a fazer uma boa prova e tínhamos pontuado nas primeiras 6 e 12 horas de prova. Sendo estreante, paguei a factura de uma pequena desconcentração e cometi um erro, que assumo por inteiro".
O outro piloto luso da equipa, Ricardo Bravo, realçou o espírito de união da equipa: "O espírito de união que vivemos na nossa equipa foi incrível, sempre preocupados com o nosso colega de equipa. Infelizmente, não chegámos ao final, mas são situações que acontecem, e aconteceu com o Duarte como poderia ter sido comigo ou com o Lourenço. Agora temos que nos focar na próxima prova, pois o nosso objectivo é lutar pelo campeonato e essa guerra ainda esta em aberto. Foi uma experiência fantástica".
A próxima prova da Team GT3 Portugal terá lugar no circuito francês de Nevers Magny-Cours, a 26 e 27 de Agosto, e será a quarta das Blancpain Endurance Series
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