Olá! Hoje a entrevista é a Jaime Alguersuari, o piloto que se tornou no GP da Hungria de F1 de 2009 no mais jovem piloto de sempre na Fórmula 1. Este piloto competiu em campeonatos como a Fórmula Júnior Itália (2005, 3º, com 2 vitórias e 2 pole positions em 12 corridas), a Eurocup Fórmula Renault (2005, 2 corridas, não classificado no campeonato; 2006, 14 corridas, 12º no campeonato; 2007, 14 corridas, 5º no campeonato), a Fórmula Renault 2.0 Itália (2006, 10º; 2007, 3 vitórias e 3 pole positions em 14 corridas, para o 2º lugar no campeonato), ou o Campeonato de Inverno da Fórmula Renault 2.0 Itália (2007, 4 vitórias e 4 poles em 4 corridas, para o título). Depois da Fórmula Renault, Jaime Alguersuari participou na Fórmula 3 Britânica em 2008, sendo campeão com 5 vitórias e 6 pole positions em 22 corridas. Também em 2008 disputou o GP de Macau, ficando em 10º lugar, e a Fórmula 3 Espanhola, sendo 7º com 3 vitórias e 2 pole positions em 8 corridas. Ainda em 2008, o jovem espanhol foi piloto de testes da Red Bull F1. Em 2009 Jaime Alguersuari competiu nas World Series by Renault 3.5, onde foi 6º classifcado, com uma vitória, uma pole position, uma volta mais rápida e 3 pódios. Também em 2009, Jaime Alguersuari foi piloto de testes da Red Bull F1 e Toro Rosso F1 até ao GP da Hungria, e piloto de reserva no GP da Alemanha. Em 2009, e depois do despedimento de Sébastien Bourdais da Toro Rosso, Alguersuari foi designado piloto daquela equipa de F1, tornando-se assim o mais jovem de sempre a disputar um GP de F1. Em 2010 está a disputar a temporada de Fórmula 1 com a Toro Rosso, estando neste momento no 18º posto, tendo já obtido o seu melhor resultado na Fórmula 1, um 9º posto, no GP da Malásia.
Por curiosidade, à margem da carreira no automobilismo, Jaime Alguersuari é também DJ, a part-time.
Eis a entrevista:
1 – Como foi a promoção inesperada à Fórmula 1 em 2009? Surpreendeu-se ao ser chamado pela STR tão cedo?
“A chamada da Toro Rosso em Julho de 2009 apanhou-me completamente de surpresa. Embora faça parte do programa Red Bull Junior Team (programa que apoia jovens talentos do automobilismo), desde que tinha 15 anos e portanto o meu objectivo era chegar um dia a correr com um dos seus carros na Toro Rosso, nunca imaginei que este momento poderia chegar tão rápido, com apenas 19 anos e sem ter feito um único quilómetro de testes com um Fórmula 1.Tudo aconteceu muito rápido rápido.”
2 - Esta temporada 2010 está a ser difícil para si em termos de adaptação aos circuitos, ao carro, etc.?
“O que foi realmente difícil foi a temporada passada. Ficou então claro que haviam 20 pilotos que competiam e um (eu), treinava. Tive que me estrear com um F1 sem ter feito um só quilómetro de teste, directamente em circuitos em que nunca tinha corrido. Este ano é diferentes, sobretudo esta segunda parte da temporada em que visitarei circuitos que já conheço, porque estive lá no ano passado a estrear-me com a Toro Rosso. Creio que os resultados que estou a fazer este ano confirmam uma clara evolução da mina pilotagem, cada dia sinto-me melhor e mais seguro com o meu carro, não deixo de aprender em cada um dos circuitos que visitamos e como sempre fiz, dou o máximo de mim mesmo..”
3 - Como recebeu a notícia do regresso de Michael Schumacher à Fórmula 1? Esperava poder estar na Fórmula 1 com Michael Schumacher um dia?
“Michael Schumacher sempre será uma referência a seguir dentro do mundo do automobilismo. O que ele conseguiu transforma-o num mito. Imagina o que representa para mim, que há alguns anos tinha um poster no meu quarto dele… agora, com 20 anos, estou a correr o campeonato do Mundo de F1 e além disso junto do Kaiser! É engraçado…”.
4 - Qual foi o seu melhor momento na Fórmula 1 até agora, em sua opinião?
“Provavelmente o passado fim-de-semana em Spa. Cruzar a linha de meta na décima posição neste circuito mítico, depois de ter realizado uma corrida tão dura, nas condições meteorológicas que se fizeram sentir, aguentando o Liuzzi atrás de mim e sem cometer erros (já que a chuva chegou com força na parte final da corrida e eu estava com pneus intermédios, não de chuva extrema), foi um grande esforço para mim e estou realmente satisfeito. Mesmo assim recordo com especial carinho a mina corrida em Maio passado no Circuit de Catalunya, aí senti-me capaz de tudo, com os meus adeptos nas bancadas a animarem-me, correr em casa foi uma motivação extra e além disso consegui um ponto!
5 - Qual foi o seu pior momento na Fórmula 1 até agora, em sua opinião?
“Sem margem para dúvidas a mina estreia no Grande Prémio da Hungria de 2009. Pensa o que é subir a um F1 sem ter feito nenhum teste e com toda a opinião pública, até o meu pai, a pensar que aquilo era o início do meu fracasso desportivo.
Provavelmente, a convicção deles do meu fracasso, foi o meu grande estímulo.
Quando se acendeu o semáforo só pensei em correr e terminar a corrida…as últimas voltas foram como facas para mim, já que fisicamente não estava preparado, não podia mais.”
6 – Qual o circuito que gosta mais na Fórmula 1?
“Gosto muito do circuito de Melbourne, em primeiro lugar porque é um circuito urbano e geralmente gosto muito desse tipo de traçados e além disso é à volta do lago de Albert Park, uma paragem única. Também destacaria o circuito japonês de Suzuka, tem a forma de oito e um troço da pista passa por cima de outro através de uma secção elevada, o que o torna incomparável.”
7 – Até ao momento, qual o balanço que faz?
“A verdade é que estou muito contente. Tendo em conta as circunstâncias em que me estreei no ano passado, e o pouco tempo que tive este Inverno para me preparar no duro fisicamente, e acabar praticamente todas as corridas deste ano em circuitos totalmente desconhecidos para mim, terminar em muitas outras à frente do meu colega de equipa Sebastien Buemi, que é o meu maior rival na pista e conseguir 3 pontos até ao momento (embora não merecesse que me retirassem o meu quarto ponto no passado fim-de-semana em Spa), faz com que me sinta orgulhoso dos meus resultados.”
8 – Quais são os seus planos para o futuro? Que equipa / s gostava mais de representar um dia?
“Faço parte da fábrica Red Bull desde os 14 anos. Actualmente tenho contrato com a Toro Rosso, a melhor equipa com que poderia estar hoje m dia e a quem agradeço muito todo o apoio que sempre me têm dado. No futuro, fazer parte da equipa Red Bull seria uma grande ilusão para mim. “
9 - No seu web site oficial há muitas imagens de si como um DJ. Se não estivesse no automobilismo, teria apostado numa profissão relacionada com a música?
“Sem dúvida nenhuma. A música é a mina vida e a minha rota de fuga sempre que posso. Sou DJ desde os 13 anos e hoje m dia chamam-me nas melhores discotecas para realizar sessões de Dj. Podes imaginar que é um luxo para mima inda que devido à minha agenda nem sempre posso fazer o que gostaria. As pessoas não sabem mas na música tive a honra de me medir com os melhores do mundo…”
10 - Por último, pode enviar uma mensagem aos seus fãs?
“Por um lado agradecer-lhes o seu apoio. Para mim merecem tudo e representam uma grande motivação para mim sempre que subo ao meu Toro Rosso. Por outro lado, que continuem a confiar em mim, posso asegurar-lhes que em cada Grande Prémio dou tudo, podem estar seguros que sempre tento fazer o melhor de mim mesmo, e agora é claro que em 2011 verão o melhor Jaime.”
Foi esta a entrevista a Jaime Alguersuari.
Se preferir pode ler a versão original da entrevista, em Espanhol, clicando aqui.
A próxima entrevista a publicar será a Andy Soucek, piloto espanhol do Sporting na Superleague Fórmula e ex-piloto de testes da equipa Virgin F1.
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