Já não era sem tempo! Nico Rosberg alcançou finalmente a tão desejada primeira vitória na Fórmula 1, no seu 111º (!) Grande Prémio, na China. Esta é também a primeira vitória da era moderna da Mercedes como equipa de fábrica – e é preciso recuar a 1955, Grande Prémio de Itália, para ver o último triunfo da Mercedes na F1, na altura com Juan Manuel Fanigo.
Esta é a primeira vez desde a vitória de Mark Webber no GP da Alemanha desde 2009 que há um novo vencedor de corrida.
Este é um momento muito especial para mim, disse Rosberg, citado pelo press release da Mercedes AMG Petronas. Todo o fim-de-semana correu perfeitamente. A minha primeira pole position, a minha primeira vitória na Fórmula 1 – é realmente fantástico, continuou o jovem alemão. Para Rosberg é um momento muito especial, e agradece a todos na equipa, aqui na China e nas nossas fábricas em Brackley e Brixworth. Dá-me muito orgulho nós termos melhorado o carro tão rapidamente.. Rosberg afirmou ainda à mesma fonte que nunca irei esquecer esta corrida.
Agora, diz Rosberg, ainda estamos a trabalhar muito para perceber o carro e os pneus em todas as condições, e iremos fazer de tudo para melhorar o nosso ritmo em corrida ainda maias.
Os dois McLaren, de Jenson Button e Lewis Hamilton, completaram o pódio em Shanghai. Atrás de si ficaram os dois Red Bull, de Mark Webber e Sebastian Vettel.
Numa pista em que passou pela liderança nos últimos dois anos, Rosberg assegurou que permaneceria na frente de uma óptima corrida, com várias estratégias de pneus utilizadas num grupo da frente que chegou a contar com doze carros.
Os pilotos variaram entre as duas e as três paragens nas boxes, mas as grandes diferenças residiram na duração de cada stint. A Mercedes sentiu várias dificuldades com os pneus nas duas primeiras rondas do ano. Mas desta vez a “casa de Estugarda” conservou os pneus na perfeição e optou por uma estratégia de apenas duas paragens. Estratégia esta que permitiu a Rosberg permanecer no comando na maior parte da prova.
O alemão distanciou-se do seu colega de equipa, Michael Schumacher, nas primeiras voltas, estabelecendo rapidamente uma diferença de quatro segundos. As hipóteses de Schumacher lutar pela vitória terminaram após a primeira paragem nas boxes: a roda da frente direita mal apertada no seu carro ditou o abandono da corrida.
Button foi o principal adversário de Rosberg. O britânico protagonizou uma excelente partida subindo a terceiro, estando a apanhar Rosberg com um plano de três paragens. Mas após a última paragem – na qual perdeu vários segundos devido a um problema com uma roda – Rosberg distanciou-se de Button.
Com uma estratégia de duas paragens, Kimi Raikkonen conservou o segundo posto nas últimas voltas, mas tentar fazer metade da corrida com o seu terceiro conjunto de pneus foi optimista demais. O finlandês caiu de segundo para 14º em apenas cinco voltas.
Vettel seguiu uma estratégia similar à de Raikkonen. O alemão ultrapassou o seu rival e parecia ter nas mãos um segundo lugar, salvando a sua má qualificação. Contudo, nas últimas voltas Vettel não conseguiu manter os McLaren e o seu colega Mark Webber atrás de si (quer os McLaren, quer Webber, tinham pneus novos devido à estratégia de três paragens). Webber foi o quarto, apesar de ter parado pela primeira vez muito cedo – à sexta volta – e mesmo depois de duas saídas de pista. Uma das saídas de pista do australiano, deu mesmo “asas” ao seu Red Bull, que “voou” na Curva 13.
Enquanto Raikkonen perdia posições, o seu colega de equipa na Lotus, Romain Grosjean lutava pelo sexto posto na frente dos Williams de Bruno Senna e de Pastor Maldonado.
O anterior líder do campeonato, Fernando Alonso, foi nono com o seu Ferrari, perdendo um pouco de terreno quando teve uma incursão por fora da pista ao tentar passar Maldonado.
A Sauber também se mostrou na China, mas não conseguiu repetir o resultado da Malásia. Kamui Kobayashi perdeu muitas posições com um mau arranque e acabou em 10º, com a volta mais rápida. Logo atrás de si terminou Sergio Perez. O mexicano chegou a liderar a corrida, com uma estratégia de duas paragens. Seguem-se na classificação o Force India de Paul di Resta e o Ferrari de Felipe Massa (que também liderou por instantes).
Mais atrás, destaque para Jean-Eric Vergne (Toro Rosso), que superou novamente o seu colega de equipa Daniel Ricciardo. Nas três equipas que costumam ocupar as últimas seis posições, tudo normal: a Caterham na frente (com Vitaly Petrov, devido aos problemas de Heikki Kovalainen), seguida pela Marussia (com Timo Glock e Charles Pic). No fim do pelotão, os HRT com Pedro de la Rosa e Narain Karthikeyan. Kovalainen teve problemas no seu Caterham e desta feita foi o 23º e último dos que terminaram.
De notar que esta prova só teve um abandono: o de Michael Schumacher.
Escolhas Motor Racing News:
- O melhor:O melhor neste GP da China não é nenhum piloto, nem nenhuma equipa, mas sim a prova em si. Até às últimas voltas foram vários os carros que poderiam alcançar o pódio, num grupo que cabia em cerca de cinco segundos. A corrida foi sempre animada nas primeiras posições, com distâncias muito curtas entre pilotos e as consequentes trocas de posições (excepção feita para a liderança que foi mais disputada apenas por alguns momentos). Mesmo antes da corrida, na qualificação as distâncias entre o 15º e o 1º na Q2 foram inferiores a um segundo, o que ditou a surpresa do 11º lugar de Sebastian Vettel à partida. Ficou bem evidente o equilíbrio na F1 actual, o que é nota de elevado destaque.
- O pior: Apesar do triunfo, a nota de pior vai para a Mercedes. Um pequeno descuido com a paragem de Michael Schumacher – roda da frente direita do carro mal apertada – deitou por terra a possibilidade de um grande resultado de conjunto para a equipa alemã.
- A surpresa: A Williams foi o que mais me surpreendeu. Apesar da qualificação menos conseguida, a equipa de Sir Frank confirmou a boa forma em corrida, conseguindo finalmente colocar os seus dois carros nos pontos (Bruno Senna em sétimo e Pastor Maldonado em oitavo). A última vez que dois Williams pontuaram na mesma prova foi no GP da Coreia do Sul de 2010(Rubens Barrichello sétimo e Nico Hulkenberg décimo)
- A desilusão: Kimi Raikkonen, ou melhor, a sua estratégia. Apostando numa estratégia de duas paragens e muitas voltas com o último conjunto de pneus, o finlandês perdeu mais do que ganhou. Raikkonen acabou por pagar a má opção ficando num longínquo 14º posto que está longe de traduzir o seu desempenho ao longo do fim-de-semana.
Resultados do GP da China de 2012 em F1:
Depois de três provas, estão assim ordenadas as classificações dos Mundiais de Pilotos e de Construtores:
fonte (texto e resultados/classificações): Autosport (britânica)
declarações de Nico Rosberg e imagens: Mercedes AMG Petronas Formula One Team
Já na próxima semana regressa a Fórmula 1, com o Grande Prémio do Bahrain. Pode acompanhar todo o fim-de-semana de competição nos canais Sport TV:
- 1ª Sessão de Treinos Livres: dia 20 de Abril/Sexta-Feira a partir 08h00 – Sport TV1
- 2ª Sessão de Treinos Livres: dia 20 de Abril/Sexta-Feira às 12h00 – Sport TV1
- 3ª Sessão de Treinos Livres: dia 21 de Abril/Sábado com início às 09h00 – Sport TV2
- Qualificação: dia 21 de Abril/Sábado pelas 12h00 – Sport TV2
- Corrida: dia 22 de Abril/Domingo "os semáforos abrem" às 13h00 – Sport TV2 (antevisão no mesmo canal a partir das 11h30)
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