Lewis Hamilton segurou Kimi Räikkönen para triunfar no GP da Hungria de Fórmula 1. O resultado reacende as esperanças do britânico no campeonato.
A maior parte da corrida foi liderada por Hamilton mas o piloto da McLaren tevesempre um dos Lotus (primeiro Romain Grosjean e depois Räikkönen) perto de si.
Grosjean colocou-se atrás de Hamilton depois de resistir a um forte ataque de Sebastian Vettel na primeira curva da corrida.O alemão acabou por perder o terceiro posto para Jenson Button entre as Curvas 2 e 3. O britânico não conseguiu acompanhar o ritmo inicial de Hamilton e Grosjean. Assim,estes dois pilotos isolaram-se na luta pelo comando.
O francês da Lotus pressionou mais Lewis Hamilton na segunda série de voltas, mas o britânico tinha a corrida sob controlo. Ambos os pilotos tinham uma estratégia de duas paragens nas boxes e o piloto da McLaren tinha os pneus médios da Pirelli.
Quando Button entrou bastante cedo para fazer a segunda de três paragens, Vettel ficou com a pista livre para tentar chegar aos líderes. Mas acabou por ser Räikkönen que, inesperadamente, se tornou o principal adversário de Hamilton.
Räikkönen acabou a sua primeira série de voltas em sexto, e nas paragens passou o Ferrari de Fernando Alonso. O piloto da Lotus teve um ritmo fortíssimo na série de voltas final e que possibilitou subir de quinto até segundo, resistindo com solidez ao colega de equipa, Grosjean, que saía das boxes após a última paragem.
Hamilton e Räikkönen ficaram sozinhos e muito iguais até final, mas o finlandês Lotus não conseguiu passar o seu rival.
Grosjean manteve-se em terceiro, resistindo a um forcing final de Vettel. O alemão fez a sua última paragem nas boxes sem perder lugares e, com pneus frescos, rapidamente começou a atacar o terceiro posto de Grosjean, mas sem sucesso.
Alonso conservou calmamente a sua liderança do campeonato, terminando em quinto.Chegou a parecer que o segundo classificado do campeonato, Mark Webber, iria dar trabalho ao rival. O australiano partiu de 11º e logo chegou a sétimo na primeira volta. Após as segundas paragens nas boxes o piloto da Red Bull ficou à frente de Alonso. Contudo, a estratégia de três paragens não jogou a favor de Webber, que assim caiu para oitavo.
Button também não teve sucesso com a estratégia de três paragens. O britânico teve azar quando a sua segunda paragem o deixou “encurralado” atrás de Bruno Senna por algum tempo. Button conseguiu passar para a frente do sobrinho de Ayrton Senna na última mudança de pneus. O britânico terminou em sexto, a cerca de 3.5 segundos de Alonso.
Senna aguentou Webber atrás de si e terminou em sétimo. Foi uma das melhores corridas da época do brasileiro. O colega de Senna na Williams, Pastor Maldonado, perdeu terreno ao receber uma penalização de travessia da via das boxes por um incidente com Paul di Resta. A situação ocorreu numa das raras tentativas de ultrapassagem nesta corrida.
Felipe Massa terminou em nono. Nico Rosberg tornou o fim-de-semana da Mercedes menos mau, conquistando um ponto com o 10º lugar. Michael Schumacher abandonou uma das suas piores corridas na Fórmula 1. O heptacampeão do mundo ficou parado na grelha quando a partida foi abortada. Schumacher teve que partir da via das boxes. Depois recebeu uma penalização por excesso de velocidade na via das boxes. Mais tarde, quando era 18º, o alemão foi forçado a abandonar.
Escolhas Motor Racing News:
- O melhor: A Lotus merece hoje o destaque positivo. Foi a equipa que pontuou mais na Hungria (segundo e terceiro lugares). A equipa britânica conseguiu ter um bom carro no Hungaroring e os seus dois pilotos estiveram à altura. Parece-me ser este o caminho a seguir para alcançar a tão desejada vitória – um bom desempenho na qualificação e solidez e velocidade na corrida.
- O pior: Não posso dizer que a Sauberseja uma desilusão – para mim foi a Mercedes – mas a equipa de Hinwill foi a meu ver o pior do fim-de-semana. Longe dos fins-de-semana de boas exibições a que nos tem vindo habituar este ano, a equipa de Peter Sauber nem se viu na Hungria. Uma péssima qualificação e uma corrida não muito melhor atiraram a equipa helvética para lugares pouco habituais – 14º para Sergio Pérez e 18º para Kamui Kobayashi, os piores resultados de 2012 não contando com os abandonos. A Sauber marcou, por isso, o pior do fim-de-semana na minha opinião.
- A surpresa: Bruno Senna foi o piloto que me surpreendeu mais este fim-de-semana. O brasileiro fez uma das suas melhores corridas de sempre na Fórmula 1, aguentou Mark Webber atrás de si várias voltas e terminou num sétimo posto que quase iguala o seu melhor resultado na F1 (sexto). É nesta forma que o brasileiro tem que estar se quiser ter alguma hipótese de sucesso na Fórmula 1.
- A desilusão: No lado inverso da Lotus, está a Mercedes. Uma qualificação muito má, com Michael Schumacher a partir do longínquo 17º lugar e Nico Rosberg a não ir além de 13º. Na corrida as coisas não melhoraram. O carro da Mercedes não parece um carro digno de um grande construtor mundial nem de Ross Brawn. Desde o início da aventura da Mercedes na Fórmula 1, em 2010, tem sido claro que a equipa germânica necessita de evoluir bastante, mas parece que o que tem sucedido é uma involução. Conhecendo-se a (pouca) paciência dos alemães, se a situação continuar assim, não vejo um futuro longo para a equipa de F1 da Mercedes…
GP da Hungria de 2012 - Resultados:
Campeonatos de Pilotos e de Construtores com onze corridas disputadas:
fonte (texto e resultados): Autosport (britânica)
fonte (classificações dos campeonatos): Website oficial da Fórmula 1
1ª imagem: © Red Bull Media Pictures Database/GEPA
2ª imagem: © Media Sauber F1 Team
Tempo agora para a pausa de Verão da Fórmula 1. O campeonato só regressa a 31 de Agosto, com os dois primeiros treinos livres para o Grande Prémio da Bélgica. O programa do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, terá o último treino livre e a qualificação no dia 1 de Setembro. A corrida será disputada a 2 de Setembro.
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