Ana
Beatriz Figueiredo, mais conhecida com “Bia” Figueiredo, é a entrevistada cuja
entrevista vai ser publicada.
Esta
piloto, de nacionalidade brasileira, competiu este ano na ronda inaugural da
IndyCar Series (em São Paulo), sendo 13ª.
Ana
Beatriz estreou-se nos monolugares em 2003, na Fórmula Renault Brasil (11ª, 1
volta mais rápida). No ano seguinte, fez novamente a Fórmula Renault Brasil,
sendo 5ª com 8 pódios. Também em 2004 fez a Fórmula 3 América do Sul (2ª na
classe Light, com 1 pole position e 4 pódios). Em 2005, Ana Beatriz fez 3
campeonatos. Na Fórmula Renault 2.0 Brasil foi 3ª (3 vitórias, 4 pole
positions, 7 pódios e 3 voltas mais rápidas); na Fórmula 3 América do Sul,
classe Light foi 5ª; e no Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3 foi 19ª.
Em
2006, Ana Beatriz Figueiredo fez o Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3, sendo
5ª com 1 pole position, 5 pódios e 1 volta mais rápida.
Em
2008, esta piloto fez a Firestone Indy Lights (3ª, 1 vitória, 6 pódios e 1
volta mais rápida), campeonato que repetiu em 2009, sendo desta feita 8ª com 1
vitória e 2 pódios.
Neste
ano, fez a prova inaugural da IndyCar Series 2010, em São Paulo, sendo 13ª.
Eis a entrevista:
1 – Como
começou a sua paixão pelas corridas de carros?
Desde
criança, aos cinco anos, já amava assistir as corridas da Fórmula Indy e da
Fórmula 1 pela televisão. Quando vi um kart
pela primeira vez, fiquei doidinha para começar a correr.
2 – Para si,
qual o melhor momento da sua carreira até agora? Porquê?
Acho que o
atual. Estou mais experiente, madura e pronta para andar em uma categoria top.
3 – Para si,
qual o pior momento da sua carreira até agora? Porquê?
Acho que foi
a minha batida em Indianápolis neste ano, que me fez perder o carro e a etapa
seguinte, em Milwaukee. Essa batida prejudicou muito o meu campeonato.
4 – Que
piloto (ou pilotos) gosta mais de enfrentar nas pistas?
Hoje em dia
não tenho preferências (risos). Lembro de muitas disputas no kart com Serjio Jimenez, Júlio Campos e
Rafael Daniel, que foram muito intensas, mas hoje em dia lembro com boas
risadas.
5 – Há
dificuldade em angariar apoios (patrocínios, etc.)?
Foi um ano
difícil para o automobilismo e para mim também. Mas acredito que, com o meu
diferencial, e também da minha dupla de agentes, os ex-pilotos e empresários
André Ribeiro e Augusto Cesário, levo uma grande vantagem.
6 – Aqui em
Portugal a sua carreira é pouco conhecida. Pode fazer um breve resumo da
carreira até à temporada 2009?
Comecei a
correr de kart quando tinha nove anos
de idade. Corri de 1994 a 2003. Em 2002, fui para a Fórmula Renault, categoria
em que corri até 2005 e fui a primeira, e até agora, única mulher a vencer, três
vezes. Em 2006, corri na Fórmula 3 Sul-Americana. Em 2007, treinei na
Inglaterra e nos Estados Unidos. Em 2008, estreei na Firestone Indy Lights e
fui a primeira mulher a vencer, no circuito oval de Nashville. Em 2009, venci
novamente na Indy Lights, no oval de Iowa. Em 2010, devo estrear na Fórmula
Indy. Em 2007 e em 2009, andei no programa de rookies da A1GP, com o time [ndr.:equipa]
brasileiro comandado pelo Emerson Fittipaldi, na China e em Portugal. Já andei
várias vezes nas 500 Milhas de Kart da Granja Viana, uma corrida de longa
duração importante no Brasil, e vou andar novamente no primeiro sábado de
dezembro, com a equipe do Rubens Barrichello [n.d.r.: Quando a
entrevista foi feita, a corrida ainda não se tinha realizado]. E acabo de
participar pela primeira vez do Desafio Internacional das Estrelas, uma corrida
de kart promovida pelo Felipe Massa, no Brasil.
7 – Ainda
que apenas tenha tido participações em sessões de estreantes, qual é a sensação
de estar no A1GP, a trabalhar para representar o seu país?
Foi uma
grande experiência. O carro é muito rápido e tecnologicamente avançado. E foi
uma honra representar o Brasil.
8 – Qual o
principal objectivo que tem na sua carreira? A F1 é ainda alvo a atingir?
O meu
objectivo é a Fórmula Indy. Nesse momento não penso em ir para a Fórmula 1.
9 – Por
último, pode deixar uma mensagem aos seus fãs?
Alô, fãs de
Portugal! Agradeço aos que já me acompanham e torcem por mim. Aos que não me
conhecem: espero que conheçam meu trabalho e conto com a torcida de vocês para
o meu sucesso na Fórmula Indy. Um grande abraço a todos!
E foi a entrevista a Ana Beatriz Figueiredo.
A próxima entrevista a publicar será a Sam Bird, piloto britânico das GP2
Series, pela ART GP.
Sem comentários:
Enviar um comentário