Olá! Hoje a entrevista é a
Álvaro Parente, o piloto português, que disputará com a Ocean Racing Technology
a temporada de 2009 das GP2 Series e que está a competir nas GP2 Asia Series
com a equipa MyTeam Qi-Meritus Mahara. Também já fez um teste num F1 da Renault,
impressionando o pessoal da equipa francesa.
Álvaro
Parente já competiu em campeonatos como a F3 Espanhola (2001, 12º; 2002, 4º),
com 1 vitória e 1 pole, a F3 Europeia (2003, 25º), a F3 Italiana (2003, 9º),
com 1 vitória e 1 pole, a F3 Britânica (2003, 2º; 2004, 7º; 2005, 1º), com 12
vitórias e 11 poles, o A1GP (2005-06, 9º; 2006-07, 17º, só com 6 corridas na
última temporada), as World Series by Renault (2006, 5º; 2007, 1º), com
5vitórias e 2 poles, as GP2 (2008, 8º; 2009, ?). Este piloto também correu nas
GP2 Asia Series em 2009, obtendo na corrida Sprint o seu melhor resultado no
campeonato (9º lugar, com a volta mais rápida), e obtendo o 31º lugar final.
Agora compete nas GP2 Series com a Ocean Racing Technology, e o seu melhor
resultado em 4 corridas foi um 11º lugar, estando actualmente no 18º lugar no
campeonato.
Aqui está a entrevista:
1) – Como começou a sua paixão pelas corridas de carros?
Começou aos 4 anos pois a minha
família sempre esteve ligada à competição automóvel
2) – Na sua opinião qual foi o melhor momento da carreira?
Porquê?
Tive vários mas talvez a primeira
vitória na GP2 e a vitória no Mónaco. Vencer a primeira prova da GP2 foi algo
muito especial e vencer no Mónaco é sempre especial
3) – Na sua opinião qual foi o pior momento da sua carreira?
Porquê?
Vários também. O mais recente foi
em SPA quando fiquei sem travões quando ia em 5ª na 2ª corrida e embati nos
pneus a mais de 200kms.
4) – Quem é o piloto (ou pilotos) que gosta mais de
enfrentar nas pistas?
Gostava de enfrentar o Alonso. Na
GP2 talvez o Grosjean. Gostei muito de disputar com o Vettel.
5) – Alguma vez na sua carreira pensou fazer parte de um projecto
praticamente 100% português num campeonato como as GP2 Series e, ao que parece
pelos testes, com hipóteses de ganhar?
Não, porque também não pensava que
fosse existir uma equipa portuguesa. Quanto aos testes, são sempre testes.
Convém não esquecer que a equipa é muito recente.
6)
– Na sua carreira tem tido, ou já teve, dificuldades em encontrar pessoas que o
apoiassem e acreditassem em si?
Claro. Todos em Portugal
nos debatemos com falta de apoios. Felizmente fui conseguindo “sobreviver”, ou
seja, ter as condições para avançar na carreira ainda que obviamente com
condições diferentes de outros pilotos de outros países.
7) – Quais são as expectativas que tem do seu
futuro? Do teste com a Renault em 2008, saíram algumas relações que
o poderão ajudar futuramente a chegar à F1?
Os engenheiros que testaram comigo
sabem o meu valor. Para chegar à F1 é preciso muita coisa bater certo e a que
eu posso controlar são os resultados, pelo que tento sempre fazer o melhor.
8) – Pondo o mau cenário de não chegar à F1, em que outras
disciplinas gostaria de fazer carreira?
Estou focado a 100% na F1, não
penso em mais nenhuma opção.
9) – Tem alguma superstição ou amuleto para antes das
provas?
Só o facto de entrar no carro
sempre pelo mesmo lado mas é se calhar mais uma questão de habito que
superstição.
10) – Pode deixar uma mensagem para os seus fãs?
Posso agradecer-lhes todo o
carinho e apoio que me têm dispensado. Além de grandes seguidores são muito
participativos. Basta ir aos fóruns para ver que eles vibram com os meus
resultados e estão sempre ao meu lado, acreditando em mim. Obrigado
Se quiser, pode ler a versão em inglês da entrevista, aqui:
Para a semana, a entrevista será a Rodolfo Avila.